Acertos rápidos de Fortaleza e Ceará com atletas mostram compreensão e boas relações nos bastidores

Clubes cearenses foram pioneiros entre os 20 participantes da Série A

Fortaleza e Ceará, nesta ordem, foram os primeiros clubes entre os 20 da Série A do Campeonato Brasileiro a acertar com os atletas a definição de pagamentos salariais. Os acordos definiram como os vencimentos serão honrados durante o período de paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus.

Mais que isso, mostram compreensão e boas relações nos bastidores dos dois principais times do Estado.

Não houve demora nem maiores entraves nas negociações. Mesmo antes da definição da Comissão Nacional de Clubes (CNC) de que cada time resolveria sua situação individualmente, as diretorias já conversavam sobre os pontos essenciais e caminhavam para acordos com seus jogadores.

Em ambos os casos, o diálogo ocorreu de forma serena e tranquila. As principais lideranças dos elencos compreendem que os clubes passarão por dificuldades por conta da crise e que não podem arcar com tudo sem todas as receitas. Bem como os clubes sabem que os atletas também não podem pagar a conta.

O Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Ceará (Safece), comandado pelo presidente Marcos Gaúcho, também teve importante papel para que tudo ocorresse da melhor forma.

Todas as partes (diretorias e jogadores) compreenderam que seria necessário que houvesse empatia e que todos precisariam ceder um pouco para que ninguém ficasse totalmente no prejuízo.

A medida é importante também para evitar que haja demissões. Como já falado aqui na coluna, mesmo com cenário incerto, nem Ceará nem Fortaleza cogitam demissões de funcionários e fazem os esforços necessários para que todos os colaboradores sejam mantidos.

Os times cearenses tomam as medidas mais acertadas neste momento e abrem um caminho que deve ser seguido pela maioria dos clubes brasileiros.