Sempre abordamos a importância do comportamento com o dinheiro e suas consequências no equilíbrio emocional de cada um e das famílias envolvidas.
Mas, agora, está realmente provado que existe forte relação entre sinais de desorganização financeira e sinais de demência. Arquivos financeiros em desordem. Pagamentos atrasados e avisos de corte de serviço de última hora. Vários saques bancários diários. Compras fora do comum.
Quando um membro da família que foi bastante responsável com dinheiro durante toda a vida se torna descuidado com suas finanças, pode ser um sinal de demência ainda não diagnosticada.
Vale lembrar que a demência é caracterizada por perda gradual de memória, mas não é uma parte normal do envelhecimento, embora o risco aumente com a idade.
Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil convivam com algum tipo de demência, e esse número pode chegar a 6 milhões até 2050. O tratamento da demência varia conforme a causa e o estágio da doença, e pode incluir medicamentos e terapia.
Pesquisadores do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) de Nova York analisaram relatórios de crédito dos EUA e os dados do Medicare e descobriram que nos cinco anos anteriores ao diagnóstico de demência, as pontuações médias de crédito de uma pessoa podem começar a cair e suas inadimplências de pagamento aumentam.
Segundo eles, os efeitos financeiros prejudiciais de distúrbios de memória não diagnosticados exacerbam a pressão financeira já substancial que as famílias enfrentam após o diagnóstico.
Inúmeros casos foram relatados de pessoas que eram extremamente organizadas com seus recursos, pagando tudo em dia, sem juros nem atrasos e, foram descobertas com dívidas, compras inusitadas, entre outros.
Por que é importante este alerta? Primeiro porque é a comprovação de como nosso comportamento com o dinheiro diz muito sobre nós, já que a assertividade, planejamento e equilíbrio trazem melhorias psicológicas significantes.
Segundo porque é essencial que você cuide dos seus, cuide da sua família, e observe seus idosos. A demência já é uma situação bastante triste para todos, mas um problema de saúde associado a um problema financeiro pode tornar o peso ainda maior.
Vamos aproveitar nossa sanidade e viver da melhor forma possível.
Pensem nisso! Até a próxima.
Ana Alves
@anima.consult
emaildaanaalves@yahoo.com.br
Economista, Consultora, Professora e Palestrante
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.