PC Gusmão deixou o Ceará. Após cerca de sete meses de trabalho, iniciados ainda no fim da Série A de 2022, foi desligado nesta terça-feira (16) do cargo de coordenador técnico. E dois pontos norteiam a decisão: o desgaste da rotina e o quadro atual do departamento de futebol.
Nos bastidores, apurou o Diário do Nordeste, há a compreensão de que, em alguns aspectos, o relacionamento não era o ideal, o que também envolve o elenco - a premissa da função era ser um elo entre jogadores e a diretoria. No momento atual, o time precisa de todos muito alinhados quanto aos objetivos e a metodologia.
O outro apontamento foi a perspectiva de inchar o departamento de futebol. Hoje, o Vovô tem muitos profissionais no setor, como executivo (Juliano Camargo), diretor (Albeci Júnior), além do staff do técnico Eduardo Barroca e os núcleos que rodeiam o profissional, como de mercado e de análise.
Pelos custos dos profissionais, a redução surge como uma forma de centralizar e delimitar melhor o foco dos que seguem no clube. PC era parte, mas havia a ideia de que o grupo de decisões estava muito cheio.
A manutenção inicial para 2023 ocorreu como uma forma de buscar uma estabilidade do setor, em um momento conturbado e de transição da gestão, principalmente pela vasta experiência de PC, que é uma figura importante na história alvinegra, com o acesso à Série A em 2009 e título cearense em 2012. Após os processos atuais, a nova diretoria fez um novo diagnóstico e entendeu que a rota poderia passar por novas mudanças.
Inicialmente, o clube não tem um substituto para a função de coordenador técnico. Vale ressaltar também que não é um cargo obrigatório internamente, mas que pode vir a ser ocupado, com a chegada de um nome no mercado.