Meia do Ceará, Lucas Mugni relembra acidente com ônibus: ‘era pra ser uma tragédia’

O atleta falou com o Diário do Nordeste sobre o incidente de agosto com o filho

Um dos destaques do Ceará na Série B, o meia argentino Lucas Mugni falou sobre o acidente de carro sofrido no dia 18 de agosto após deixar o CT de Porangabuçu. Na ocasião, o atleta, acompanhado do filho, colidiu o veículo com um ônibus na Avenida João Pessoa, em Fortaleza.

“Um acidente que era pra ser uma tragédia virou um momento muito bom pra mim”, afirmou em contato exclusivo com o Diário do Nordeste.

Mugni acredita que o episódio o permitiu desfrutar mais da vida. A primeira grande preocupação foi descobrir se Felipe, de 4 anos, estava bem. O argentino mora na cidade com o jovem, a filha Olívia, de um ano, e a esposa Daiana Abraham. E a preocupação logo se transformou em alívio.

“No instante que aconteceu o acidente, primeiro me preocupei pelo meu filho (Felipe). Quando vi que ele estava bem, fiquei em paz. Sinceramente, já não tinha danos materiais e essas coisas pra mim, tudo isso ficou de lado. Eu já comecei a ficar grato neste momento”, completou o meio-campista.

O episódio também serviu para alimentar a união do elenco alvinegro. Assim que os funcionários e demais companheiros de time souberam do ocorrido, de imediato, já foram prestar apoio. O atacante uruguaio Facundo Barceló, inclusive, se responsabilizou por conduzir o filho de Mugni para casa.

“Logo depois do acidente, vi meus companheiros chegarem, o Rainier (supervisor de futebol), que sempre dá assistência para tudo aqui no clube, foi o primeiro a chegar. Eu falei: ‘olha o quanto eu sou abundante, quanta coisa boa eu tenho na minha vida’. Porque essas pessoas chegaram tão rápido, e mesmo quem nem me conhecia: ‘Tá tudo bem?’. Então tem pessoas muito boas no mundo, entendeu? A gente tem que ser um pouquinho mais grato. Isso mostra que o clube é o grupo. Chegaram muitos companheiros, todo mundo também mandou mensagem pra mim, até o Facundo Barceló levou meu filho pra casa porque eu tinha que ficar com a polícia lá”.
Lucas Mugni
Meia do Ceará

Assim, uma lembrança triste com um ressignificado. Os laços da equipe não são construídos apenas com a bola rolando e a parte tática, mas com o entrosamento também fora das quatro linhas. Na vida real, a coletividade se fortalece e a lealdade é forjada em prol de um grupo, com um mesmo objetivo. Hoje, o Ceará briga pelo acesso à Série A com um elenco unido e em sintonia. O caso de Lucas Mugni foi mais um capítulo nisso.