“A gente jogou para car*lho. Eu tô muito orgulhoso de todo mundo. Vai ser difícil ganhar da gente. A gente tá preparado pra qualquer um que vier”. Essas foram as palavras do atacante Raphinha, camisa 10 do Brasil, após o empate em 1 a 1 com o Uruguai, na Arena Fonte Nova, nesta terça (19).
Em casa, a Seleção Brasileira saiu perdendo para os rivais, com gol de Valverde, e foi buscar o empate na reta final, através de Gerson. Depois de empatar com a Venezuela, foi a vez do Uruguai na Data Fifa pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Assim, é apenas o 5ª colocado, com 18 pontos.
Após 12 rodadas, aparece atrás de Argentina (25), Uruguai (20), Equador (19) e Colômbia (19). O Paraguai, 6º, tem somente um ponto a menos que nosso país - e perdemos no confronto também.
Assim, confesso, não consegui perceber a última atuação histórica da Seleção Brasileira, que foi realizada em um estádio no Nordeste com os ingressos custando, pasmem, entre R$ 100 e R$ 800.
O discurso de Raphinha é algo totalmente desconectado da realidade, a necessidade de autodefesa. O atleta vive grande fase no Barcelona, foi protagonista nos jogos da Seleção, mas utiliza palavras que parecem um deboche para os torcedores que foram a partida ou ficaram até tarde assistindo uma nova exibição apática, sem grandes ideias, em um ano terrível em termos de resultado para o Brasil.
Na Copa América, não esqueçam, foi eliminado nas quartas de final, nos pênaltis. O grupo tem mais empates (7) do que vitórias (6) em 2024, sendo as últimas para Peru e Chile, piores na classificação.
Então, Raphinha, o Brasil está muito longe de jogar para car*lho. Hoje, não conseguimos sequer a superioridade no nosso continente. Em um ciclo de Copa extremamente mal conduzido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que ainda Fernando Diniz como técnico interino e a rejeição do italiano Carlo Ancelotti para assumir o cargo.
Enfim, a verdade mesmo é que a entrevista pós-jogo me deu mais raiva que o próprio jogo em si.