Derrota é um dos piores jogos do Fortaleza em 2024 e tem responsabilidade de Vojvoda

O time cearense escapou de sofrer uma goleada para o Corinthians

O Fortaleza escapou de sofrer uma goleada para o Corinthians nesta terça-feira (17). Na Arena Castelão, com mais de 46 mil espectadores, o time cearense perdeu por 2 a 0 e poderia ser mais pelo jogo de ida das quartas da Copa Sul-Americana de 2024. Sem exagero: foi uma das piores exibições do ano.

O que mais chamou a atenção, negativamente, foi a desorganização em campo. No 2º tempo, foi praticamente engolido pela equipe alvinegra, que desperdiçou diversas chances de ampliar o placar.

Assim, o saldo é muito ruim. A desvantagem é grande, com necessidade de três gols, em momento da temporada de alta oscilação, com quatro jogos sem vitória - três pelo Brasileirão. É apenas a 1ª derrota após 21 jogos de invencibilidade em casa, mas é daquelas que deixam marcas.

Responsabilidade de Vojvoda

O Fortaleza teve uma nova atuação ruim. Mesmo poupando boa parte dos titulares na Série A para se concentrar na Sula, a equipe voltou a apresentar problemas na parte ofensiva e na compactação. E contra o Corinthians, mais que em outros jogos, o técnico argentino Vojvoda tem responsabilidade.

Depois de um 1º tempo de maior equilíbrio, com Igor Coronado fazendo 1 a 0, o time voltou do intervalo muito desconectado do jogo, apostando em bolas longas e sempre devolvendo ao adversário. Com oito minutos, um momento capital da partida: três alterações terminaram de ceder o domínio da partida para o clube paulista.

Vojvoda acionou Pedro Augusto para atuar de zagueiro, Rossetto para o meio-campo e Marinho, o único que apresentou algo, no ataque. A partir desse momento, a equipe se desorganizou por completo na Arena Castelão, sem atacar e extremamente exposta às investidas do Corinthians, que terminou fazendo mais um com Yuri Alberto.

As escolhas seguintes também chamaram atenção, com Machuca sendo opção mais uma vez. Um dos nomes mais técnicos do elenco, Calebe permaneceu os 90 minutos no banco. Se em um momento de extrema necessidade, o meia não é opção, confesso não saber quando será utilizado.

Na defesa, Brítez, principal zagueiro do plantel, também não foi acionado, mesmo quando o setor precisava de ajustes. Logo, é fato que Vojvoda tem pleno conhecimento do elenco, faz um trabalho longevo e vitorioso, se eternizando na história do Leão, mas as escolhas foram ruins no jogo. O momento é decisivo no ano e exige maiores reflexões da comissão técnica.