Semanalmente, tenho este compromisso de escrever uma crônica. Dessa vez, fiquei em dúvida sobre o tema a ser abordado, me faltou inspiração, então por que não falar sobre o que nos inspira?
Sempre procuro falar sobre experiências e momentos que vivi e de fatos do cotidiano. Geralmente, parto de um ponto que possa levar conhecimento e positividade para o leitor. Mas como todos nós humanos passamos por altos e baixos momentos às vezes nos falta inspiração, e ela está ligada ao que vivemos e vemos acontecer ao nosso redor e, quando passamos por momentos tristes e sofridos, procuramos ficar mais recolhidos e introspectivos.
É neste momento que me deixo levar pela minha intuição. Ela é o meu conhecimento direto, que vem de dentro, que não vem através da razão ou do consciente, é quando deixamos aflorar o nosso eu e seguimos o fluxo do nosso caminho espontaneamente.
Em todos os ofícios e estudos, é necessário ter um grande esforço ao que se dedica. A partir do momento em que dominamos uma área de conhecimento, podemos confiar no ritmo natural do nosso trabalho, com segurança para aplicarmos na prática a teoria que já conhecemos e, paralelamente a isso, podemos deixar a nossa intuição fluir através da percepção de situações que se apresentam e também por um sexto sentido.
O conhecimento conectado à intuição muitas vezes faz parte da nossa tomada de decisão. Quando precisamos fazer escolhas imediatas, por exemplo, a intuição ativa simultaneamente partes do nosso corpo, mente, espírito e principalmente o coração.
Vejo neste texto que, apesar de ter tido várias ideias para discorrer sobre e não ter escolhido uma, deixei a minha intuição falar por mim.
Para executarmos bem, da melhor maneira o possível, em determinado momento da vida, as nossas atividades, independentemente do contexto, ter disciplina é fundamental. Quando temos prazer pelo nosso trabalho, fazemos com paixão e entusiasmo. Gostar do que se faz, traz, consequentemente, bons resultados.
Ter reconhecimento e ser gratificado pelo nosso trabalho deveria ser algo natural e esperado, porém muitas vezes não é o que acontece. Existem pessoas ingratas, invejosas e soberbas, isso acontece em qualquer área. E não adianta ficar se sentindo oprimido, desvalorizado ou frustrado, mas, sim, mostrar ainda mais quem você é, o quanto você faz pelos que trabalham com você, pela sua família e o seu desprendimento pelo ego ou pelo material, pelo seu engajamento humano e social através das suas atitudes construtivistas e comunitárias.
Isso funciona como uma lição de moral, um exemplo para combater o egoísmo, os brios, a inveja e a soberba de quem quer que seja. Faça o bem e dê o melhor de si no que faz, que isso se refletirá espontaneamente na vida de quem está ao seu lado e nos que se esmeram em você.
A compreensão do nosso estímulo de reação acontece no esporte e se apresenta, com frequência, no basquete. Ao escolher o treino adequado em determinado momento, posso identificar quais são as técnicas que devem ser mais trabalhadas, aperfeiçoadas de acordo com os treinos e jogos anteriores que podemos analisar e ver onde erramos e onde estamos mais frágeis, assim sabemos em que setores precisamos intensificar o treino, como, por exemplo: lance livre, rebote, contraataque, defesa, ataque, bloqueio, entre tantos outros fundamentos do basquete.
Isso, claro, associado ao fator psicológico de cada componente da equipe. Essa reflexão de olhar para o passado recente do nosso trabalho pode ser aplicada em qualquer área de atuação, seja uma advogada/o, uma engenheira/o, um/a gari ou um/a jardineiro/a.
A intuição é um ótimo meio para nos conduzir quando estamos indecisos, com dúvidas ou sem inspiração.
Este ano, em novembro, o projeto dos meus sonhos completará uma década, o embrião foi formado/fecundado em 2011. Foi quando os primeiros planos, preparativos e encontros aconteceram para que o então bebê nascesse em 2012. Neste momento, busco apoio de patrocínio para o meu time.
Uma das reuniões que tive nos últimos dias estava marcada às 9h, cheguei pontualmente no local marcado e aguardei o empreendedor, possível parceiro, até às 9:30h, e então resolvi ir embora, mas, no meio do caminho, tive um insight e a minha intuição me levou de volta ao local do encontro.
E lá estava o profissional, ele pediu desculpas e disse que havia ficado preso no engarrafamento do trânsito da metrópole Fortaleza. A reunião foi boa, fluiu da melhor maneira.
Me acostumei a seguir a minha intuição, ela é como um guia espiritual para mim e tem me ajudado nestes momentos difíceis pelos quais passo. Sei que também é um momento delicado e difícil para o mundo, principalmente para os brasileiros.
A minha intuição vem me protegendo e tem atuado como um “pai” para mim. Ela tem me apresentado caminhos e soluções para alguns dos problemas que tenho enfrentado. Isso me traz um alívio na alma e um acalento no peito para continuar a lutar e seguir o meu caminho de forma honesta comigo e com quem está comprometido com a verdade e com o respeito.
Assim encerro esta crônica, caro leitor, com a minha intuição que não me deixa só, sem advérbios de dúvida ou de negação, mas com advérbios afirmativos, tais como: certamente, decerto, efetivamente, por certo, realmente, seguramente, sem dúvida, e sim, em busca de acertar nas minhas escolhas.
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.