O recesso legislativo de julho

Neste próximo dia 17, o Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais estarão iniciando o recesso legislativo de duas semanas, quando todos os detentores de mandatos estarão em plena articulação com vistas à disputa municipal de outubro, pois se trata de um momento em que os parlamentares participarão mais intensamente de eventos nas comunas, como forma de levar apoio aos seus respectivos pretendentes.

Antes do interregno de meio do ano, tanto uma como a outra Casa do Legislativo federal se aprestam para enxugar uma pauta que se encontra diversificada, notadamente de temas relevantes para os interesses dos brasileiros em geral, a exemplo da regulamentação da Reforma Tributária, que precisa de ajustes em vários dispositivos, a fim de que seja posta em prática, o quanto breve.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem feito um périplo junto a deputados, senadores e representantes do setor produtivo, bem assim ouvindo os chefes de Edilidades, já que as mudanças em nosso arcabouço tributário terão impactos nas três esferas governamentais.

Outro tema a despertar discussões mais acaloradas é a Lei de Diretrizes Orçamentárias, conjunto de normas que disciplinam as receitas e despesas da União para o próximo ano, que costuma ser deliberada antes da pausa nas atividades parlamentares, no entanto, ao que parece, deverá ficar para o mês de agosto, quando a maioria dos legisladores estará focada nos eventos de campanhas, visando o pleito municipal de outubro.

A propósito, todos aproveitarão as curtas férias congressuais para fazer os últimos acertos em termos de candidaturas, já que, exatamente deste dia 15 a 5 de agosto, corre o prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para a realização das convenções, que oficializarão os nomes à disputa vindoura.

Uma alvissareira expectativa domina as nossas forças partidárias, todas pressurosas por decisões dos gestores que ora serão escolhidos, na confiança de que algo positivo esteja prestes a se concretizar.

Seria o caso de reprisar a máxima, segundo a qual: “ o futuro a Deus pertence...”.

Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte