O estado do Rio Grande do Sul enfrentou a sua maior tragédia desencadeada pelas chuvas. E isso trouxe à tona a urgência em se discutir o papel das obras de contenção de riscos para prevenir e mitigar os impactos desses desastres naturais. Como superintendente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Ceará - Sinconpe-CE, reflito sobre como a infraestrutura pode proteger comunidades vulneráveis e reduzir danos. É essencial investigar como a expertise e os recursos públicos podem contribuir para a implementação eficaz dessas obras preventivas.
O financiamento, os projetos, o planejamento e execução das obras são pontos cruciais a serem considerados. Além disso, os desafios enfrentados pelas autoridades locais e regionais na implementação de medidas preventivas merecem destaque. Devemos promover um debate construtivo sobre a importância da infraestrutura resiliente diante das mudanças climáticas e das ameaças naturais crescentes, visando proteger vidas e garantir a segurança das comunidades afetadas e evitar prejuízos incalculáveis.
Consta que a cidade de Porto Alegre possui um dos melhores sistemas de proteção contra cheias do Brasil. Ele é composto por diversas estruturas importantes. No entanto, a ausência de cuidados em manutenção resultou em comportas enferrujadas e emperradas, incapazes de resistir à pressão da água.
E esse problema da falta de manutenção não é novo e já havia sido observado durante a enchente de 2023. Fato é que a manutenção é um investimento necessário e deve ser um item prioritário por parte das administrações públicas. A falta de preocupação com a capacitação de técnicos, planos de carreiras nas instituições públicas, dentre outros fatores, resulta em consequências sérias, evidenciando a importância de priorizar a infraestrutura e os serviços relacionados à proteção contra desastres naturais.
Por fim, que os gestores atuais reconheçam a importância da manutenção preventiva e da infraestrutura resiliente. A falta de zelo com instituições-chave compromete a segurança e o bem-estar das comunidades. Devemos aprender com as falhas ocorridas no Rio Grande do Sul e investir em medidas preventivas para proteger vidas e mitigar os danos causados por desastres naturais.
Luiz Carlos Thé Franco é superintendente do Sinconpe-CE - Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Ceará