O futuro da energia é verde

O mundo moderno tem nos tornado cada vez mais dependentes da energia gerada pelas mais diferentes fontes disponíveis, muitas delas derivadas da queima do carvão e do petróleo, que são grandes emissores de gás carbônico.

Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), estima-se que até 2040 haverá um crescimento na demanda global de energia da ordem de 25 a 30%, o que certamente elevará o volume de CO2 lançado na atmosfera, comprometendo ainda mais as mudanças climáticas. 

Durante a Cúpula IEA-COP26 Net Zero, ocorrida no dia 31 de março, que envolveu as principais lideranças de energia e clima de mais de 40 países, entre os quais estava o Brasil, foi evidenciado que promover a descarbonização do planeta não é mais uma opção, mas um imperativo. 

E para que isto aconteça de forma consistente, governos, sociedade civil e empresas precisam trabalhar juntos para reduzir as emissões e cumprir a meta do Acordo de Paris, que compromete as nações signatárias com a luta pela redução do aumento da temperatura do planeta, limitando-o a 2ºC neste século.

Se quisermos viver em um mundo mais sustentável, precisamos movê-lo por energias limpas.

E neste sentido, o hidrogênio verde aparece como uma das opções mais impactantes, por ser 100% sustentável, armazenável, versátil e transportável, características que o tornam, segundo Bill Gates, “a melhor inovação para combater o efeito estufa”.

Não por acaso, Estados e grupos industriais nos quatro cantos do mundo começam uma verdadeira corrida por projetos e investimentos nessa tecnologia. 

E o Ceará, que há tempos vem se destacando no cenário mundial como um celeiro de soluções inovadoras nas mais diferentes áreas, parte mais uma vez na frente com o lançamento do Hub de Hidrogênio Verde.

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), que assinou memorando de entendimento junto ao Governo do Estado e a Universidade Federal, se comprometendo a colaborar no fortalecimento da cadeia do hidrogênio verde, acredita ser esta, uma oportunidade ímpar de transformar o Ceará em fornecedor global deste que é considerado o combustível do futuro.

É o Ceará, mais uma vez, dando exemplo de competência, inovação e compromisso com a sustentabilidade, abrindo uma nova janela de oportunidades que haverá de beneficiar a todos, pois o futuro da energia é verde. 

Ricardo Cavalcante
Presidente da FIEC

*O artigo reflete, exclusivamente, a opinião do autor