Muitos questionamentos vêm sendo levantados sobre os impactos que serão gerados com o Novo Ensino Médio - previsto na Lei nº 13.415/17 - e que será implementado a partir de 2022 em todo País. E nós, professores e instituições de ensino, já estamos nos preparando.
De cara, a principal mudança é uma grade de formação básica mais enxuta, compreendendo as disciplinas obrigatórias, itinerários formativos que possibilitam o poder de escolha dos alunos sobre os assuntos que desejam estudar. Somado a isso, o aumento da carga horária que irá para 3.000 h/aula.
Disciplinas como português e matemática - que definem competências e habilidades que todo estudante deve desenvolver, seguem sendo obrigatórias. As outras, serão divididas em áreas, tal qual o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio): linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A escola continuará promovendo aulas, atividades e avaliações que integram as disciplinas.
Toda mudança causa estranhamento, dúvidas e incertezas. Mas, avalio que essa mudança permitirá uma melhor aplicação dos conhecimentos na prática, saindo da teoria que termina muitas vezes dominando grande parte do currículo tradicional. Esse novo formato permitirá ao aluno visualizar melhor aplicações, possibilitando o desenvolvimento das habilidades que ele pode usar para o resto da vida, em várias das escolhas profissionais.
De certa forma, esse modelo do Enem já direcionava os professores das escolas e cursinhos a seguirem nesse formato, buscando intensificar - junto aos alunos - as competências e áreas que eles têm mais afinidades. Isso é um esforço conjunto entre pais, alunos e até mesmo auxílio psicológico, uma vez que é por meio desse direcionamento que esses jovens escolherão a trabalho que possivelmente exercerão pelo resto da vida.
Acredito que essa mudança seja positiva, em especial por tornar o conteúdo mais atrativo para os jovens, até mesmo auxiliando nós, mestres e orientadores, a direcioná-los para a sua verdadeira vocação.
Felipe Amaral é professor