A taxa de juros é basicamente o custo do dinheiro. Os Bancos Centrais utilizam essa taxa como uma ferramenta para controlar a atividade econômica e a inflação do país.
No Brasil, essa taxa de juros é chamada de taxa Selic e serve também como referência para os investimentos no mercado financeiro. Desde o início de 2021, entramos em um período de alta dos juros devido à inflação persistentemente mais alta, fechando o ano em 10% e, consequentemente, vimos nossa Selic atingir 10,75% no início deste ano.
Do ponto de vista dos investimentos, os títulos de renda fixa ficam bastante atrativos nesse cenário. Existem basicamente três tipos de renda fixa, sendo elas pós-fixada, pré-fixada e atrelada à inflação.
Na pós-fixada, você investe em títulos cuja taxa fica atrelada ao CDI. Por exemplo, um CDB do Banco X que paga uma taxa de 120% do CDI. Esses são os tipos de títulos mais conservadores, pois a taxa acompanha a trajetória da taxa Selic. O mais indicado para se investir nesse tipo de renda fixa são nos ciclos de altas das taxas de juros, como é o caso atual que estamos passando.
Com relação aos títulos atrelados à inflação, é feito um investimento cuja taxa fica vinculada ao índice oficial de inflação do país, que é o IPCA e mais uma taxa pré-fixada que garante um retorno acima da inflação. Por exemplo, uma LCA do Banco Y, que paga uma taxa de IPCA + 6% ao ano. Esses tipos são indicados para prazos longos, pois, independentemente da trajetória do IPCA e da Selic no período, o título garante um ganho acima da inflação.
Por último, temos os títulos pré-fixados, em que se investe em um título cuja taxa fica pré-definida no momento da contratação. Por exemplo, um CDB do Banco Z que paga uma taxa de 12% ao ano. Esses são os títulos mais arriscados, pois independente da Selic ou inflação, a taxa contratada está travada.
No entanto, é fundamental saber que, em todo investimento de renda fixa, você só recebe a taxa contratada no início da operação se carregar esse título até a data de vencimento. Por isso é importante estar seguro de travar o recurso investido até o final do período. E aí, está pronto para investir?
Heitor Studart é assessor de investimentos da VLGI