A importância da família na formação dos vínculos afetivos

Na contemporaneidade, a definição de família abraça uma diversidade de formações, baseando-se na existência de relações afetivas entre os membros, independente de laços sanguíneos. Essa premissa fundamenta-se no amor, na ajuda mútua e na contribuição para a formação de valores essenciais, como educação, cultura, moral e ética, moldando a identidade de cada indivíduo. 

No Brasil, o Dia Nacional da Família, comemorado em 8 de dezembro, vai além de uma simples celebração no calendário; é uma oportunidade única para refletir sobre a significativa influência dos vínculos afetivos no desenvolvimento individual. A data foi instituída no Brasil com a intenção de homenagear e destacar o papel vital da família na vida de cada pessoa. Esta também ressalta um conceito de família que ultrapassa os limites da estrutura tradicional, transcendendo a composição pai e mãe. 

Em um passado não muito distante, famílias eram regidas pela coerção, onde filhos temiam represálias parentais e escondiam eventos para evitar advertências. Contudo, percebemos uma mudança de paradigma que evidencia que a educação pautada em afeto, carinho e segurança é, de fato, mais benéfica. 

A educação afetiva cria um ambiente propício, onde os filhos se sentem à vontade para expressar suas ideias e emoções. Mesmo diante de erros ou situações consideradas inadequadas, o vínculo afetivo transforma a família em um porto seguro, um espaço que não apenas permite, mas também encoraja a expressão autêntica. 

Valorizar e fortalecer esses laços familiares não são apenas uma escolha pessoal, mas um investimento fundamental no alicerce humano. Contribuindo para um crescimento saudável e equilibrado, esses vínculos afetivos desempenham um papel vital na formação de indivíduos resilientes, reconhecendo que a diversidade familiar é uma riqueza a ser cultivada e protegida em prol de um futuro mais harmonioso e humano.

Milena Coelho  é coordenadora do curso de Psicologia da Estácio Ceará