A experiência de vida não-violenta

São tantos os desafios de nossa época que seria difícil listamos em um único texto de opinião. Estamos no ano de 2020 e ainda não conseguimos superar uma centena de mazelas que ainda assolam a humanidade. Todas as formas de violência e exclusão social, as guerras, a fome, a degradação do meio ambiente, a discriminação, a criminalidade, a corrupção, as fakenews, a sujeição de culturas, ainda coexistem, a passos largos distantes de sua superação.

Sabemos que parte da solução desses problemas demanda políticas públicas complexas, oriundas tanto de governos, quanto da sociedade civil organizada para a construção daquilo que aventuramos chamar de cultura de paz.

E também é verdade que a paz nunca poderá ser concebida como total ausência de conflitos. A questão central é permitir que potencialize algo construtivo como o entendimento, e que não se degenere ao ponto da intolerância e das agressões.

Por isso, gostaria de reforçar o papel de todos, seja adulto(a), jovem ou criança no fortalecimento dessa busca e prática de uma experiência de vida, pautada pela não-violência.

Competirá, a cada um de nós, abraçarmos um processo de formação familiar, comunitária e escolar para a inteireza do ser, comprometida com a busca de harmonização entre corpo, mente, coração e espírito. Alicerçada na compreensão de que vivemos integrados uns aos outros e a natureza (ao todo).

Mas como fazer isso? A transformação começa em cada pessoa. Em sua decisão de despertar e compartilhar a energia vital do amor no dia a dia. Agir corretamente através do próprio exemplo. Atuar na escuta sensível do próximo. Lançar mão da mediação e da cooperação. Comungar através da solidariedade e da empatia. Abaixar os julgamentos. Incluir!

Eis os exercícios diários para uma vida em sociedade mais pacífica!

Vinícios Rocha

Diretor Pedagógico do Instituto Myra Eliane