Senado aprova projeto que obriga plano de saúde a cobrir tratamentos fora do rol da ANS

Texto que prevê o fim do rol taxativo da ANS já havia sido aprovado pela Câmara. Projeto vai agora para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro

Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo ,
mulher balança camiseta amarela com o dizer rol taxativo mata
Legenda: Decisão foi comemorada por pessoas que estavam no plenário do Senado nesta segunda-feira (29)
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O Senado Federal aprovou nesta segunda-feira (29), em votação simbólica, um projeto de lei que obriga planos de saúde a cobrirem tratamentos que estão fora da lista obrigatória de procedimentos estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o chamado rol taxativo.

O texto que prevê o fim do rol taxativo da ANS já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados no início do mês. O projeto vai agora para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Rol taxativo

O PL 2.033/2022 estabelece que a cobertura de tratamentos prescritos e que não estejam no rol da ANS deverá ser autorizada pela operadora de planos de assistência à saúde, se houver comprovação da eficácia, recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) ou recomendação de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde com renome internacional, desde que aprovados também no Brasil.

Se sancionada, a mudança afeta os cerca de 49 milhões de brasileiros que contam com planos de assistência médica.

Decisão do STJ

O projeto de lei foi pautado no Congresso após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de junho deste ano, que restringia a cobertura de planos de saúde.

Naquela época, os ministros do STJ definiram que a natureza do rol da ANS era taxativa, o que desobrigava empresas de cobrir pedidos médicos que estivessem fora da lista.

No Senado, o texto teve relatoria do senador Romário (PL-RJ), que afirmou que seu parecer seria para derrubar a decisão do STJ

A aprovação do projeto de lei foi comemorada por entidades de defesa de pacientes e grupos de mães presentes no Senado e emocionou o senador relator.

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