Petrobras anuncia descoberta de petróleo em bacia a 190 km de Fortaleza

A profundidade do poço é de cerca de 2.196 metros, na Margem Equatorial brasileira

Escrito por Raísa Azevedo , raisa.azevedo@svm.com.br
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Legenda: A Petrobras informou que dará continuidade às atividades exploratórias na região
Foto: Petrobras / Divulgação

A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (9), a descoberta de petróleo em uma bacia situada a cerca de 190 km de Fortaleza, em águas ultra profundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, próximo à divisa entre o Ceará e o Rio Grande do Norte. Segundo a empresa, a profundidade é de cerca de 2.196 metros, na Margem Equatorial brasileira.

"Esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024 e foi precedida pela comprovação da presença de hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, localizado na Concessão BM-POT-17, a cerca de 24 km de Anhangá. Tais descobertas ainda merecem avaliações complementares", informou a Petrobras em nota. A empresa é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação.

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Conforme o comunicado, a descoberta de "reservatórios turbidíticos de idade Albiana portador de petróleo" é inédita na Bacia Potiguar e foi realizada por meio de perfis elétricos e amostras de óleo. Esse material deverá passar ainda por análises de laboratório.

"A Petrobras dará continuidade às atividades exploratórias na Concessão POT-M-762_R15, visando avaliar a qualidade dos reservatórios, as características do óleo e a viabilidade técnico-comercial da acumulação", completou a empresa.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, destacou que a companhia possui um histórico de quase 3 mil poços perfurados em ambiente de águas profundas e ultraprofundas, "sem qualquer tipo de intercorrência ou impacto ao meio ambiente, o que, associado à capacidade técnica e experiência acumulada em quase 70 anos, habilitam a companhia a abrir novas fronteiras e lidar com total segurança suas operações na Margem Equatorial”. 

Margem Equatorial 

De acordo com a Petrobras, a Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte, é considerada como uma nova e promissora fronteira em águas ultra profundas. A exploração da região é "fundamental para o futuro da companhia, garantindo a oferta de petróleo necessária para o desenvolvimento do país".

A companhia pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028. Está prevista a perfuração de 50 novos poços exploratórios no período, sendo 16 na região da Margem Equatorial, com investimento de US$ 3,1 bilhões.

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