Fortaleza e Região Metropolitana têm internet fiscalizada pelo Ministério das Comunicações

A região metropolitana de Fortaleza está com 20 pontos monitorados para analisar a qualidade da conexão e da cobertura do sinal de celular e internet. A ação, do Ministério das Comunicações, chamada Blitz da Telefonia Móvel, iniciou na segunda-feira (25) e visa beneficiar mais de 2,4 milhões de pessoas.

Cumprindo agenda no Estado, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, participou da blitz nesta quarta-feira (27), na praça da Imprensa Chanceler Edson Queiroz, no Dionísio Torres - local apontado com um dos 20 em que o serviço de internet teria problemas na capital. Para ele, a ação é fundamental para garantir a qualidade do serviço das operadoras e sanar as falhas.

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“Idealizamos essa ação justamente a partir de demandas, de pedidos, que chegam ao Ministério das Comunicações, como reclamações da qualidade da banda larga móvel, da telefonia, em várias regiões do Brasil", disse o ministro.

"Por isso, construímos esta política pública com a Anatel. Todo trabalho é feito em conjunto com as principais operadoras, que prestam serviços de telecomunicações, para podermos entregar o melhor serviço ao consumidor final, da maneira mais rápida possível”, completou Juscelino Filho.

A iniciativa é uma parceria do Ministério das Comunicações com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para conferir problemas de conectividade nas cidades, em especial nas chamadas regiões de “sombra”, checando a qualidade do sinal e taxa de download das faixas 4G e 5G.

Um relatório é redigido após a blitz, com informações como a capacidade de tráfego da rede, aferição da cobertura e intensidade do sinal. O documento é apresentado ao ministério e cada operadora recebe um relatório específico do seu desempenho para que as adequações necessárias sejam feitas no serviço.

"Com esse relatório, damos um prazo de 30 dias para que as empresas respondam ao Ministério das Comunicações de como elas irão se mobilizar e agir para poder resolver todos os problemas identificados na ação, que é a presença in loco da fiscalização", explica Juscelino.

Além disso, as operadoras terão um prazo de seis meses para colocar em prática o plano de adequação dos serviços. Passado esse prazo de meio ano, a blitz volta e realiza o mesmo trabalho nos mesmos pontos do circuito, para ver o que foi resolvido dos problemas apontados.

"As operadoras que resolverem os problemas e entregarem um bom serviço receberão um selo de qualidade da telefonia móvel. Porém, caso não seja resolvido, vamos também apresentar um selo, este que represente a qualidade ruim do serviço prestado naquela região. A política é isso, entregar uma solução concreta na vida da população", completa o ministro.

Blitz da Telefonia

Conforme o secretário Nacional de Telecomunicações, Hermano Tercius, além da intensidade do sinal, também é medida a velocidade da conexão durante a Blitz da Telefonia Móvel. 

"A cidade de Fortaleza, a região metropolitana, foi dividida em vinte diferentes áreas para atuação dos técnicos da Anatel, que desde a última segunda-feira estão nas ruas, trabalhando para avaliar a qualidade da telefonia móvel. Muitas vezes, na média, a cidade pode estar com uma boa avaliação. Mas fazendo uma análise mais profunda, podemos identificar problemas em um bairro específico, por exemplo", completou o secretário.

Fortaleza é a quinta capital a receber a edição da Blitz da Telefonia. As cidades de Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Belém (PA) e São Luís (MA) já passaram pela fiscalização. Até o fim de 2024, todas as capitais deverão receber o programa do Ministério das Comunicações.

A Blitz é uma resposta do Ministério das Comunicações aos problemas na telefonia móvel relatados em todo o país e faz parte do Programa Nacional de Melhoria da Cobertura e da Qualidade da Banda Larga Móvel, o ConectaBR. Os locais foram escolhidos tendo como base as reclamações feitas pela população dos municípios.

O programa ConectaBR traz parâmetros mais rigorosos de cobertura e de acesso à banda larga móvel para as que operadoras prestem um serviço de qualidade à população. Com ele, o índice de cobertura das prestadoras de serviço com níveis de qualidade adequados passou de 80% para 95%. Além disso, a velocidade mínima da internet passou a ser de 10 mbps para o 4G e de 100 mbps para o 5G.