A estreia do Nubank na Bolsa de Valores de Nova York, nesta quinta-feira (9), jogou holofotes para um nome até então pouco conhecido fora do mundo corporativo: Cristina Junqueira.
Um dos motivos é que a oferta inicial de ações do Nubank (IPO, na sigla em inglês) — que significa a entrada de uma empresa no mercado de capitais — deve aumentar a fortuna dos seus idealizadores, incluindo a dela.
A cofundadora da instituição financeira pode se tornar um exemplo raro de quem ficou bilionário sem ser herdeiro.
Quem é Cristina Junqueira?
Nascida em Ribeirão Preto, em São Paulo, Cristina tem 37 anos. Ela é formada em Engenharia de Produção e mestre em Engenharia pela Universidade de São Paulo (USP).
Cristina tem dois filhos e é casada há 15 anos com Rubens Pereira.
Início da carreira
Em 2004, ainda na universidade, Cristina foi analista do Itaú Unibanco e consultora interna na Booz Allen Hamilton. Em 2007, se mudou para os Estados Unidos para fazer MBA na Nortwestern University, prestigiada instituição de negócios.
Voltou para o Brasil aos 24 anos, em 2008. Nesta época, passou a liderar o Itaú Unibanco.
Caminhos até o Nubank
Em 2009, tornou-se gerente de produtos da LuizaCred, ficando por lá até 2011. Em 2012, voltou para o Itaú Unibanco, onde atuou na área de cartões da instituição financeira.
Em 2013, decidiu sair por estar cansada de ‘vender cartões de crédito para pessoas que não os queriam de verdade’, conforme disse em entrevista ao Jornal O Globo.
Projeto Nubank
Nesta época, conheceu o executivo David Vélez, nascido na Colômbia. Ele pretendia abrir um banco digital para disputar com o sistema financeiro brasileiro e precisava de alguém que o conhecesse.
Encontrou Cristina. Juntos, criaram o Nubank, há oito anos. Atualmente, ela é a CEO do banco digital.
Reconhecimento
Em 2020, Cristina foi a única brasileira a figurar entre as mulheres mais poderosas do mundo da revista Fortune. Naquele mesmo ano, tornou-se a primeira mulher a aparecer grávida na capa de uma revista brasileira de negócios, a Forbes.
A edição a reconhecia como uma das mulheres mais poderosas do Brasil. Já neste ano, ela foi eleita pela revista britânica FinTech Magazine como a segunda mulher mais importante do mundo neste setor.