Refinarias Premium I e II teriam gerado prejuízo de R$ 3,8 bilhões

Diante de mais esse prejuízo milionário, a presidente da Petrobras à época, Graça Foster, será convidada a depor para explicar onde os recursos foram aplicados.

Relatório de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo divulgado pelo Jornal Valor, revela que  R$ 3,8 bilhões foram jogados pelo “ralo” pela Petrobras na contratação de projetos e obras não realizadas para a construção das refinarias de petróleo Premium I e II, respectivamente nos estados do Maranhão e Ceará. 
 
Segundo o TCU, o processo referente ao assunto foi concluído na unidade técnica e encontra-se em análise no gabinete do ministro relator, não sendo possível, no momento confirmar as informações já divulgadas. O processo seguirá para julgamento e, em seguida, será prolatado o acórdão acompanhado de relatório e voto.
 
Diante de mais um prejuízo milionário, a presidente da Petrobras à época, Graça Foster, será convidada a depor para explicar onde os recursos foram aplicados, considerando que as obras da Premium I, no município de Bacabeira, no Maranhão, estão paralisadas e as da Premium II, em Caucaia, no Ceará, sequer saíram do papel.
 
Os números constantes no relatório do TCU diferem em R$ 1 bilhão dos R$ 2,8 bilhões contabilizados como prejuízos pela própria Petrobras em decorrência da  suspensão dos dois empreendimentos. O prejuízo consta  no balanço financeiro da estatal de 2014. 
 
Técnicos avaliam que a diferença entre os valores do TCU e os divulgados pela Petrobras, podem estar em despesas correntes, de custeio da petrolífera, recursos desembolsados com projetos e obras inacabadas, mas que não constam nas baixas dos ativos da empresa no balanço do ano passado. Esses são, no entanto, apenas mais dois exemplos de prejuízos da estatal nos últimos anos, e que agora se encontram envolta na Operação Lava Jato, por pagamento de propinas a empreiteiras e parlamentares.