A Companhia Docas do Ceará e a Compex Indústria de Pesca e Exportação assinaram nesta semana um termo aditivo de contrato para permitir a ampliação da estrutura que permite a atracação de barcos pesqueiros.
O termo possibilita expansão de 609,6 m² (5,41%) na estrutura, ampliando a área total para 12.573 m². O valor contratual vigente por 20 anos chegará ao montante de R$ 3.587.406,53.
Com a ampliação, a Compex poderá receber um fornecimento maior de pescados para abastecer a indústria pesqueira instalada no porto após pregão eletrônico no ano passado.
A área ampliada terá capacidade de descarregar simultaneamente 3 barcos de até 12 metros ou 2 barcos de até 17 metros. Isso desde que estejam em uma área fiscalizada pelo Ministério da Agricultura MAPA/SIF.
O termo aditivo inclui as adequações da Portaria 51/2021, do Ministério da Infraestrutura, que regulamenta a exploração de áreas não operacionais do Porto de Fortaleza.
Descarga de barcos pesqueiros
Conforme o diretor da Compex, Paulo de Tarso, a ampliação da área de atracação de barcos pesqueiros será importante para gerar mais agilidade e menor custo de frete.
"A ampliação será determinante para descarga de barcos pesqueiros, que poderão descarregar o pescado em uma área provida de Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA). Isso vem gerar mais agilidade na descarga do pescado, mais segurança alimentar e menor custo de frete terrestre", destaca.
No evento da assinatura do termo aditivo, a diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará, engenheira Mayhara Chaves, lembrou que a implantação de uma indústria de beneficiamento de pescados já estava prevista no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Fortaleza.
"Com apoio do Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, a companhia tem avançado nas cessões de áreas ociosas de maneira estratégica, sem falar na geração de novos postos de trabalho tão importante nesta retomada da economia", pontuou.
Indústria pesqueira
A indústria que está sendo construída pela Compex há 18 meses deve entrar em funcionamento em março. De acordo com a Companhia Docas, essa já é uma das mais modernas unidades de processamento de pescados.
A estrutura tem capacidade de processar e congelar até 50 toneladas por dia, armazenar 1.100.000 kg e produzir 100.000 kg de gelo por dia. Para tanto, o investimento na área a ser feito pela Compex ao longo de 20 anos mais que dobrou, atingindo a casa dos R$ 36 milhões, com projeção de aporte de mais R$ 2 milhões por ano.
O equipamento tem foco principal na exportação e 85% das vendas devem ir para fora do país. A Compex incrementará a diversidade de carga na movimentação do Porto de Fortaleza e será responsável pela geração de 300 empregos diretos e outros 900 indiretos.
Na lista dos primeiros produtos a serem comercializados estão o peixe vermelho para exportação (Estados Unidos) e atum para a Gomes da Costa, por meio do Porto de Fortaleza.
A exportação de lagosta está prevista para iniciar entre os meses de maio e junho. A previsão é de um crescimento de 5% ao ano a partir da operação do terminal.