Por medo, mais da metade dos brasileiros optaram por poupança

Dos entrevistados, 28% optaram por guardar dinheiro em locais onde possam sacar com facilidade e outros 28% alegaram não ter reservas suficientes para investir em aplicações mais arrojadas

Por insegurança e medo, mais da metade dos brasileiros (65%), optaram pela poupança em abril. É o que revela o Indicador de Reserva Financeira, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

De acordo com o levantamento, em abril, 25% dos poupadores escolheram manter o dinheiro em casa, enquanto 20% deixaram os recursos fixos na conta-corrente. Cerca de 8% escolheram a previdência privada e 7% os títulos do tesouro direto.

Para Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil, o investidor desconhece as opções que tem à disposição.  

“É preciso que alguns paradigmas sejam abandonados, como a crença de deixar todos os recursos apenas em aplicações com as quais o brasileiro já está acostumado. Por isso, é essencial conhecer as regras e o funcionamento de outras aplicações para tomar as melhores decisões”, destaca.

Justificativas

O indicador aponta que as principais justificativas para esse comportamento está atrelado ao perfil conservador dos consumidores, 28% optaram por guardar dinheiro em locais onde possam sacar com facilidade, outros 28% alegaram não ter reservas suficientes para investir em aplicações mais arrojadas. Já 20% afirmaram estar acostumados com as modalidades tradicionais e 17% tem medo de perder dinheiro.

Reserva Financeira

Segundo o levantamento, cerca de 69% dos brasileiros não conseguiram guardar dinheiro em abril. Apenas 21% da população guardou dinheiro no mês com um valor médio de R$ 374. Os gastos com imprevistos é um dos principais motivos que motiva o hábito de poupar, 60% da população reserva um percentual de seus investimentos para eventos inesperados.

Outros motivos que levam os consumidores a economizar é a preocupação em garantir um futuro melhor para os familiares (36%) e com o preparo para aposentadoria (14%).