Na manhã desta terça-feira (15), o petróleo do tipo Brent era negociado a US$ 99,24 o barril, com queda de 7,17%. O recuou segue desde ontem (14), quando o Brent recuou 5,1%, fechando a US$ 106,90 o barril. Já o petróleo dos EUA (WTI) caiu US$ 6,32, ou 5,8%, fechando a US$ 103,01.
O Brent já perdeu quase US$ 40 desde que atingiu US$ 139,13 por barril em 7 de março. No entanto, segundo o economista Ricardo Coimbra, esse recuou não deve impactar o preço da gasolina no Brasil nas próximas semanas.
Coimbra explica que o reajuste da gasolina anunciado pela Petrobras, na última semana, já considera o preço médio do barril de petróleo em US$ 100. Ou seja, para que a gasolina fique mais barata é necessário que o barril chegue a um valor bem inferior a US$ 100.
"A Petrobras vem represando o preço, já considerando o valor médio de US$ 100. Para reajustar para menos, é necessário que ele volte ao patamar de duas semanas antes da guerra, quando figurava em US$ 75", explica.
Então, o preço do combustível não vai cair?
"A tendência é termos a estabilização dos valores atuais, com possibilidade de aumento caso o barril volte a subir", é o que destaca Ricardo ao mencionar que a queda do valor do Brent hoje (15) é fruto das negociações e expectativa de uma melhora na situação da guerra na Ucrânia.
"Esse preço hoje vem da perspectiva de negociação. Então, se tivermos um resfriamento ou até mesmo o fim da guerra, com o barril a menos de US$ 100, teremos uma diminuição do valor dos combustíveis aqui no Brasil", detalha Coimbra.
"O preço do Brent é móvel, já esteve em US$ 75, US$ 87, US$ 100, subiu para US$ 120 e explodiu em US$ 139. Agora, é aguardar os desdobramentos da guerra e torcer pelo recuou do preço do barril de petróleo, mas ainda assim esses reflexos devem demorar mais algumas semanas para chegar até aqui".