A Páscoa está se aproximando e a data comemorativa deve aquecer o comércio na capital cearense. De acordo com dados da Fecomércio Ceará, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), a previsão é que sejam movimentados R$ 240 milhões no comércio varejista de Fortaleza.
Esta é a primeira vez que a instituição realiza a Pesquisa sobre o Potencial de Consumo do Fortalezense para a Páscoa. O estudo prevê que o consumidor fortalezense gastará, em média, R$ 317 com as compras para o período.
O faturamento previsto coloca a Páscoa como quinta data comemorativa mais importante para o comércio no Estado, empatada com o Dia dos Pais. O potencial de consumo está concentrado nas compras de chocolates, peixes, pães e em viagens.
A comparação com o consumo na Páscoa em relação ao ano passado é prejudicada pelo pico inflacionário enfrentado em 2022, mas a pesquisa indica um crescimento da importância desta data comemorativa para a atividade econômica, com reflexos na produção e na geração de empregos.
Movimentação no turismo local
Para além da compra de alimentos tradicionais do período, a Páscoa movimenta o turismo cearense. O feriado prolongado incentiva os fortalezenses a viajarem para o interior do Estado e para outras praias.
A pesquisa indica que neste ano 21,1% dos entrevistados pretendem viajar na Semana Santa, sendo o Sertão o destino mais citado, com 44,6% das respostas, seguido do Litoral e Praias Cearenses (29,9%) e Região Serrana (21,4% das respostas).
Para o IPDC, a disposição para um maior consumo e viagens demonstra uma recuperação na confiança do consumidor, criando uma perspectiva favorável para o setor terciário, ainda que resistam as pressões do elevado endividamento e impactos da inflação no poder de compra do cearense.
Potencial de consumo
De acordo com a pesquisa, 42,9% dos entrevistados desejam ir às compras para a Páscoa e Semana Santa, com preponderância dos consumidores do sexo masculino (47,3%), do grupo etário com idade entre 21 e 35 anos (49,7%) e com renda familiar mensal acima de dez salários-mínimos (68,9%).
A média de consumo prevista é de R$ 317, mas esse valor sobe para as famílias com renda média mensal acima de dez salários-mínimos, sendo de R$ 684.
O principal consumo previsto é para bens de consumo imediato, como chocolates e ovos de páscoa.
• Ovos de Páscoa, com 68,1% de intenção de consumo;
• Outros tipos de chocolates (46,4%);
• Bacalhau, peixes e pescados (18,4%);
• Pães (16,0%); e
• Vinhos (13,6%)
Pela natureza dos itens que se deseja adquirir, os supermercados são os locais mais citados para as compras, com 43,4% de citação, seguindo pelos shopping centers (26,3%) e lojas de rua (24,6%). O comércio eletrônico será pouco utilizado, sendo citado por apenas 2,3% dos entrevistados.