São Paulo. Apesar de todas as conquistas, as mulheres ainda tem menos espaço que os homens no mercado de trabalho. Além disso, elas possuem uma participação maior no serviço familiar não remunerado. Quem afirma é a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em pesquisa divulgada ontem. A pesquisa mostra ainda que, entre as mulheres, a taxa de desemprego é maior.
"Apesar dos avanços conquistados e dos compromissos assumidos para continuar progredindo, as perspectivas das mulheres no mundo do trabalho ainda estão longe de ser iguais às dos homens", afirmou em nota a Diretora-Geral Adjunta de Políticas da OIT, Deborah Greenfield.
De acordo com os dados, proporcionalmente, há mais mulheres com dificuldade de encontrar um trabalho do que homens. A tendência, diz o material divulgado pela Organização, vem piorando.
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Ainda conforme a pesquisa da OIT, a participação dos homens no total da força de trabalho segue bem superior que a das mulheres. Atualmente, enquanto 75% dos homens com mais de 15 anos estão na força de trabalho, entre as mulheres essa proporção é de 48,5%.
A diferença fica ainda mais acentuada quando se trata de países árabes, tradicionalmente machistas. Neles, a taxa de participação no mercado de trabalho é de 77% para os homens e 18% para as mulheres. A menor diferença, porém, é notada em locais da África subsaariana, com 74% de homens e 64% de mulheres trabalhando.
Minoria
Proporcionalmente, há em todo o mundo mais homens trabalhando por conta própria do que mulheres. São 36,2% dos homens neste segmento, ante 26,1% das mulheres.
No entanto, uma fatia muito maior entre elas se dedica a trabalhos familiares não remunerados. São 6,4% do sexo masculino e 16,6% do feminino.