O Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE) apresentou crescimento de 4,2%, o que indica otimismo, no bimestre janeiro-fevereiro em relação ao levantamento anterior. A pesquisa, em sua vigésima terceira edição, é realizada bimestralmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE) e pelo Conselho Regional de Economia (Corecon-CE).
O índice é composto por nove variáveis interligadas, das quais sete apresentaram otimismo: taxa de inflação (169,8 pontos), taxa de juros (163,4 pontos), cenário internacional (130,7 pontos), evolução do PIB (122,8 pontos), gastos públicos (121,3 pontos), taxa de câmbio (106,4 pontos) e oferta de crédito (104,5 pontos). A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo.
Em comparação com a pesquisa anterior, os analistas apontaram pessimismo com um número menor de variáveis, apenas duas: nível de emprego (91,1 pontos) e salários reais (53,0 pontos), que mais uma vez apresentou a menor pontuação.
De acordo com a metodologia da pesquisa, as variáveis analisadas geram três índices: de percepção presente, futura e de expectativa geral. Considerando a soma das variáveis, o índice geral alcançou 115,3 pontos, representando o aumento de 4,2% no otimismo em relação à pesquisa anterior. Os índices de situação presente e futura alcançaram 115,7 e 114,8 pontos.
Agentes econômicos
As expectativas movem os agentes econômicos impactando, positivamente ou negativamente, o comportamento das diversas variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança, taxa de juros, dentre outras. Ao mesmo tempo, a performance, positiva ou negativa das variáveis, índices e indicadores econômicos interfere na percepção dos diversos agentes econômicos. Assim, as expectativas são a um só tempo causa e consequência do comportamento econômico.
A pesquisa colheu, em janeiro e fevereiro, as expectativas de 132 especialistas em economia. A amostra reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções.
Novos negócios
No País, o segmento comercial brasileiro deverá fechar 2018 com aumento de 20,7 mil estabelecimentos, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A alta projetada, no entanto, não deve recuperar a perda acumulada de 226,5 mil estabelecimentos nos últimos três anos em todo o País. Apenas no ano passado, 19,3 mil unidades comerciais fecharam as portas, de acordo com os dados da CNC.