Há cinco anos, Fortaleza se preparava para ter uma roda-gigante aos moldes da London Eye, ícone da capital inglesa. Com 100 metros de altura, a atração seria um cartão-postal do espigão da João Cordeiro, na Praia de Iracema. Para tirá-lo do papel, seria necessário investimento privado de cerca de R$ 3 milhões.
Iniciado em 2018, no governo do então prefeito Roberto Cláudio (PDT), o plano foi descartado já ano seguinte. Na gestão atual, também não há sinalização de retomada do projeto original.
Segundo o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico de Fortaleza (SDE), Rodrigo Nogueira, em 2019, após constatada a inviabilidade econômica da proposta, foi realizado um novo estudo “praticamente do zero” para definir como seria a exploração daquela área. Contudo, o material está parado.
Nogueira também atuou na gestão anterior como coordenador de Parcerias Público-Privadas e Concessões (PPPFor). Segundo ele, o estudo será retomado ainda no primeiro semestre deste ano.
Não se sabe, no entanto, se devem resgatar a ideia de aproveitar o espaço para implantar um mix de negócios, incluindo centro de convenções, bares e restaurantes, por exemplo. “O estudo está em aberto e não há nada específico”, ponderou.
Veja como seria a roda-gigante de Fortaleza
A expectativa era de que a roda-gigante fosse inaugurada em 2020. A empresa paulista Amuse-BR chegou a desenvolver o projeto.
O equipamento teria mais do que o dobro da altura do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, de 38 metros. A atração também seria mais alta do que o Elevador Lacerda, em Salvador, que chega a 73 metros.
Conforme a Amuse-BR informou na época, a roda-gigante possuiria 24 cabines climatizadas e capacidade para 32 pessoas cada uma, podendo transportar até 768 visitantes.
E o que será feito dos espigões?
Após a desistência da roda-gigante, ainda em 2019, a prefeitura iniciou estudo para definir a exploração comercial do espigão da rua João Cordeiro, na Praia de Iracema, em Fortaleza.
Conforme explicado acima, esse levantamento foi paralisado após a mudança da gestão, mas tem previsão de retomada no primeiro semestre deste ano.
Já os projetos para os outros dois espigões das avenidas Rui Barbosa (na altura do Boteco Praia) e Desembargador Moreira (próximo ao Náutico Atlético Cearense) chegaram a ter um processo licitatório aberto para as empresas interessadas em participar de um possível complexo gastronômico, mas terá de ser reiniciado.
Segundo o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico de Fortaleza (SDE), Rodrigo Nogueira, o documento precisou ser atualizado para corrigir a defasagem inflacionária dos insumos e será reaberto até o fim desta semana.