Não há refinarias previstas agora

Cancelada pela Petrobras no dia 29 e janeiro de 2015, a refinaria Premium II, que seria instalada no Ceará, segue como uma ferida mal curada pelo Estado, que até hoje não foi ressarcido por tudo aquilo que investiu para receber o equipamento. No início desta semana, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) piorou ainda mais a situação, reiterando a necessidade de produção no Brasil e apontando Minas Gerais como possível destino para uma refinaria, basicamente a mesma que seria instalada no Ceará.

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Ontem, o ministro das Minhas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que a competição entre estados para receber uma refinaria é "normal", mas que não vê, em um curto prazo, a possibilidade de instalação de um equipamento assim. "O que nós queremos e defendemos é uma política nacional onde possamos ter refino feito no Brasil. Evidentemente que pode ter uma disputa, se vai ser no Ceará, Maranhão, em Minas. Isso é legítimo e faz parte", destacou o ministro, em visita à sede do BNB.

Conforme diz, é possível ressaltar, contudo, que a Petrobras está passando por um momento de "extrema dificuldade" e que, inclusive, deve anunciar nos próximos dias um planejamento estratégico de desinvestimento. "Eles vão definir quais áreas vão sair e quais vão continuar. Hoje, a Petrobras não tem condição nenhuma de investir em uma refinaria. As dívidas são da ordem de R$ 400 bilhões", conta.

Coelho Filho explica que a prioridade da Petrobras é fazer um "esforço final" para concluir algumas obras mais avançadas que possui. No futuro, ele não descarta a implementação de novas refinarias no Brasil, mas a velocidade de tais investimentos dependerá do equilíbrio das contas públicas da estatal. "É evidente que o Brasil precisa de investimento na área de refino. Nós ainda somos importadores de material refinado. Nosso parque ainda é muito pequeno".