Após aumento da gasolina, Bolsonaro diz que não define preços da Petrobras: 'Não decido nada lá'

Estatal anunciou aumento de 18,8% no preço da gasolina e de 24,9% no diesel

Pouco antes da Petrobras anunciar um reajuste nos preços dos combutíveis nesta quinta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que não determina os valores praticados pela estatal. 

"Não tô dizendo se vai ou não vai, eu acho que vai aumentar. No mundo todo aumentou. Eu não defino preço na Petrobras, eu não decido nada lá. Só quando tem problema cai no meu colo", disse o presidente a simpatizantes em frente ao Palácio da Alvorada.

"Lula e Dilma interferiram nos preços da Petrobras, entre outras coisas, endividaram a empresa em R$ 900 bilhões. Agora, a tendência é melhorar lá fora. Mas vai ter problema de combustível no Brasil, não vai demorar", acrescentou. 

O reajuste foi anunciado nesta quinta diante da disparada de preços do petróleo e derivados em todo o mundo, decorrente da guerra entre Rússia e Ucrânia. A partir desta sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%.

Quanto ao diesel, o preço médio de venda passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%. Os preços correspondem ao preço vendido para as distribuidoras.

"A Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo", afirmou a Petrobras em comunicado.

Ainda nessa segunda-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro criticou a paridade no preço do petróleo e realizou uma reunião para discutir medidas para que a Petrobras não repassasse toda a alta dos combustíveis para o consumidor.