A equipe econômica espera que o PIB (Produto Interno Bruto) apresentará no segundo trimestre um resultado ainda pior que a queda registrada de janeiro a março de 2020 por causa da crise do novo coronavírus.
O IBGE divulgou nesta sexta-feira (29) que a atividade econômica no primeiro trimestre do ano recuou 1,5% na comparação com os três meses anteriores.
A pandemia foi declarada em março e, portanto, teve impacto parcial nos primeiros meses de 2020.
"Os efeitos danosos sobre a saúde da população brasileira e da nossa economia ainda persistem. Dessa forma, o resultado econômico da atividade no segundo trimestre será ainda pior. As consequências são nefastas para a população, com aumento do desemprego, da falência das empresas e da pobreza", avalia em nota o Ministério da Economia.
Na análise, a equipe econômica ressaltou que o governo vem adotando medidas para amortecer o choque inicial e mitigar os efeitos duradouros da crise.
"O prolongamento do período de isolamento pode agravar a crise de curto prazo e comprometer a velocidade de retomada", diz em nota.
Para combater os impactos da Covid-19 na economia, a pasta defente, então, que sejam feitas reformas estruturais, como flexibilização de regras trabalhistas e uso mais eficiente de recursos em políticas sociais -transferindo dinheiro de programas de baixo impacto para outros mais eficazes.
O time do ministro Paulo Guedes (Economia) quer ainda modificar a legislação de falências, desburocratizar o mercado de crédito, de capitais e de garantias, além da aprovação de novas regras para os setores de saneamento e gás e medidas de abertura comercial.
Também foram acrescentados à lista a necessidade de realizar privatizações, concessões e a reforma tributária, apesar de Guedes não ter enviado ainda aprópria proposta ao Congresso.
"Essas medidas são importantes para que os efeitos de longo prazo na atividade econômica, consequentemente no emprego e na pobreza sejam minorados", conclui a nota de avaliação do resultado do PIB no primeiro trimestre.
O Ministério da Economia também voltou a defender a manutenção da regra do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas públicas.