Marca Magazine Luiza chega em setembro

Com estratégia pautada na aquisição de pequenas e médias lojas de varejo e foco no bem-estar dos colaboradores e clientes, o Magazine Luiza segue expandindo a sua participação comercial do Sul ao Nordeste do País, como forma de ampliar a competitividade e concorrência, diante das fusões das megarredes varejistas no Brasil. Após adquirir 141 Lojas Maia no Nordeste, em julho último, sendo 17 no Ceará, a Magazine Luiza inaugura em setembro próximo, na Avenida Washington Soares, em Fortaleza, a primeira unidade da rede com marca e lay-out próprios na cidade.

Também a partir de setembro o grupo inicia as reformas, sinalização e padronização das lojas adquiridas no Estado e que passam a se chamar, até o fim do ano, Magazine Luiza + Lojas Maia. "Após cinco meses, vamos fazer a mudança completa para Magazine Luiza, tanto da marca, como da estrutura, para que as lojas assumam o nosso DNA, a personalidade da rede", aponta a presidente do grupo, a empresária Luiza Helena Trajano.

Em Fortaleza, onde veio participar da solenidade de lançamento de um purificador de água e de novas linhas de fogões e refrigeradores Esmaltec, a empresária explicou que, além de uma reforma completa, as lojas receberão novos produtos, a exemplo de brinquedos, utensílios domésticos e móveis. Diante da expansão econômica do Ceará, Luiza Trajano sinalizou com a possibilidade de abrir cinco ou seis novas lojas no Estado, no curto e médio prazos.

De forma estratégica e planejada, ela já projeta a instalação de lojas virtuais para o interior cearense. Nelas, as vendas são realizadas por funcionários da rede, mas não há exposição dos produtos, pois as mercadorias são apresentadas por meio de um terminal multimídia. A iniciativa foi criada em 1992, para atender à demanda de cidades de até 100 mil habitantes ou de bairros populosos de cidades maiores.

Empregos

Como forma de atrair a clientela, facilitar e ampliar as vendas, Luiza Trajano informa que irá instalar, em breve, em todas as unidades adquiridas no Estado, o Luiza Cred.

O serviço é o de uma financeira, que, atrelada às lojas, oferece produtos como o CDC (crédito direto ao consumidor), empréstimo pessoal, cartão de crédito ao ramo da construção e crédito consignado a aposentados e pensionistas.

"De cara vamos ampliar em 20% o quadro de pessoal, com a introdução do Luiza Cred", garantiu. Segundo ela, isso representará a criação de mais 600 empregos nas 141 lojas Maia, distribuídas no Nordeste. "Agora é hora de consolidar o Nordeste", destacou a empresária, revelando as intenções de construir um centro de distribuição (CD) na região e de investir fortemente em marketing.

Com as novas aquisições, que elevam para 611 o número de lojas no País, a empresária já projeta crescimento da ordem de 37% e faturamento bruto de R$ 6 bilhões, este ano. No ano passado, a rede anotou vendas brutas de 3,82 bilhões. "Em média, estamos crescendo 28%, ao ano, desde de 2002", informou.

Apesar dos bons resultados, ela lamentou não ter adquirido as lojas Ponto Frio e parte das lojas Bahia, compradas pelo grupo Pão de Açúcar. Ela ressaltou no entanto, que não teme a concorrência, situação que já vivencia nos Estados do Sudeste e do Sul do País.

Diante do avanço das grandes redes sobre os pequenos varejistas, Luiza Trajano buscou "tranquilizá-los", dizendo que o mercado é grande e que "aqueles que operarem com agilidade e qualidade não terão o que temer". Para ela, os pequenos existirão sempre, porque "nenhum grande (varejista) vai querer ficar (dependente) na mão de poucos", ensinou.

CARLOS EUGÊNIO
REPÓRTER