Faz pouco mais de seis meses que as aeronaves da Joon pousaram pela primeira vez no solo de Fortaleza, em maio, mas a marca já está com os dias contados. De acordo com o jornal Francês Le Figaro, o novo CEO da Air France, Ben Smith, não está convencido sobre o conceito "híbrido" (nem low-cost, nem clássico) da companhia e pretende encerrá-la.
Como a decisão ainda depende de aprovação do Conselho de Administração da Air France, ainda não há alteração nos cronogramas de voos. Porém, mesmo que se confirme o fim da subsidiária da companhia, a tendência é que os voos de Fortaleza sejam continuados com a própria Air France, uma vez que eles têm tido alta taxa de ocupação (92,8% no acumulado de maio a outubro, segundo a Anac) e fazem parte de um grande investimento realizado no Estado.
Procurada pela reportagem, a o grupo Air France-KLM nega a informação de que decidiu suspender as operações da Joon. "Nenhuma decisão foi tomada. Os voos da Joon, todos operados em nome da Air France, continuam funcionando normalmente e permanecem disponíveis para compra", informa em nota.
De acordo com a Reuters, que também tratou do assunto, a iniciativa deve ajudar o novo CEO a lidar com "o baixo desempenho crônico dos principais negócios da Air France". Smith teria deixado claro "que não entende o posicionamento ou a identidade de Joon, uma questão que ele levantou internamente várias vezes".
O CEO foi contratado em agosto após a renúncia de Jean-Marc Janaillac, que deixou o cargo após greves devastadoras da companhia.
Joon
Com um ambiente moderno e comissários com trajes despojados, a Joon nasceu focada nos clientes 'Millennials', aqueles nascidos entre as décadas de 80 e 2000. Ela carrega conceitos como eco-friendly, ao utilizar 60% de plástico reciclado nos uniformes dos comissários de bordo, e digital, com a disponibilização de aluguel de óculos de realidade virtual por uma taxa para assistir filmes em 2D, 3D ou realidade virtual.