Lançado no mês passado pelo Governo do Estado, o projeto do hub de hidrogênio verde (H2V) tem potencial para reduzir desigualdades econômicas entre o Nordeste e outras regiões do País, destacou Roseane Medeiros, secretária Executiva da Indústria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Sedet).
A potencialidade do investimento foi debatida na noite de hoje Energia em Pauta, realizada pelo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). O projeto vem atraindo a atenção de potenciais investidores estrangeiros.
De acordo com Monica Saraiva, diretora da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2), o hub cearense colocou o Brasil no Mapa Global do Hidrogênio Verde como potencial gerado. Além disso, a diretora da ABH2 ressaltou que o País tem diversas vantagens competitivas nesse mercado, como a variedade de fontes de energia para produção de hidrogênio verde.
Para Giovani Machado, diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o impacto vai além. Ele reforçou que o potencial de energia renovável da matriz elétrica no Brasil é enorme e que o hidrogênio verde será fundamental para o abatimento de emissão de carbono.
“Além desse papel energético, ele pode também facilitar o armazenamento de outras fontes de energia e permitir que o sistema elétrico brasileiro consiga otimizar fora dos horários de demanda”, explica.
O evento contou ainda com a participação de Panik Ansgar Pinkowski, gerente de Inovação e Sustentabilidade na Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro - AHK Rio.