Uma empresa australiana está interessada em construir uma usina de hidrogênio verde no Ceará. Com participação de fundos europeus, a investidora está em negociação com o Governo do Estado e pode assinar um protocolo até o fim de dezembro, segundo o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior.
De acordo com Maia, foi montado um grupo de trabalho com membros da Pasta que comanda e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) para discutir e impulsionar a pauta. "Nós já tivemos várias reuniões e agora temos o primeiro investidor privado disposto a produzir hidrogênio verde no Ceará. Eles acreditam que o Estado tem todas as condições necessárias para ser um grande produtor de hidrogênio", destaca.
Apesar da alta expectativa, ainda não há um projeto pronto nem cronograma de quando a usina começaria a ser construída e, posteriormente, entraria em operação.
Maia Júnior aponta que o hidrogênio verde é o combustível do momento para substituir as fontes de energia fósseis. Ele projeta que nos próximos 10 a 20 anos o combustível gere uma revolução semelhante a que aconteceu com a descoberta do petróleo.
"Nós vamos ter um desuso das energias fósseis e a substituição pelo hidrogênio verde", dispara.
Querosene de aviação
A atração desse novo investimento segue na mesma linha de outro projeto que pretende instalar uma planta para produzir querosene de aviação renovável no Aeroporto de Fortaleza. A Fraport, administradora do terminal, confirmou que irá ceder uma parte do aeroporto para a usina experimental, conforme já noticiado pelo Diário do Nordeste.
A iniciativa conta com parceria do Governo Alemão. Conforme Maia Júnior, o projeto da usina ainda está em fase de pesquisas e desenvolvimento, aguardando também definição dos fundos de financiamento da planta.