A cesta básica em Fortaleza registrou inflação de 5,64% no último mês de novembro, segundo aponta pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). No total, dez dos 12 itens básicos de alimentação da cesta apresentaram alta e estima-se que o trabalhador fortalezense tenha que desembolsar R$ 539,33 para adquirir uma cesta básica. No mês de outubro o valor era de R$ 510,54.
Levando em consideração o salário mínimo vigente em solo brasileiro, que é de R$ 1.045,00 por uma jornada mensal de 220 horas, o estudo afirma que é o trabalhador precisou utilizar, em média, 113h e 32 minutos da jornada de trabalho mensal para a compra da alimentação básica. Em uma família padrão, por exemplo, composta por dois adultos e duas crianças, o valor necessário para a finalidade foi de R$ 1.617,99.
Ao todo, segundo aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, dez produtos impulsionaram a elevação do preço. O destaque ficou com o óleo, que teve alta de 10,08%, com a banana, que subiu 8,56%, e o pão, com elevação de 7,58%.
Confira o valor de alguns itens:
Total da Cesta: R$ 539,33
Carne 4,5 kg R$ 171,95
Leite 6l R$ 30,12
Feijão 4,5 kg R$ 32,99
Arroz 3,6 kg R$ 21,67
Farinha 3 kg R$ 12,57
Tomate 12 kg R$ 84,72
Pão 6 kg R$ 80,94
Café 300 g R$ 5,33
Banana 7,5 dz R$ 44,78
Açúcar 3 kg R$ 8,79
Óleo 900 ml R$ 8,63
Manteiga 750 g R$ 36,84
Semestral e Anual
Os números ainda apontam variações diferenciadas quando analisados os períodos semestral e anual. O valor da cesta é maior que o registrado há seis meses, em maio deste ano, quando custava R$ 455,18. Além disso, também está mais cara se comparada com o mês de novembro de 2019, quando os itens básicos de alimentação juntos custavam R$ 395,82. Sendo assim, a variação semestral foi de 18,49% e a anual de 36,26%.
Os produtos com maior elevação durante o semestre foram o óleo (86,39%), o arroz (61,36%) e o tomate (37,35%).
Enquanto isso, o único com queda foi o feijão (-5,17%).
Já em comparação com o ano passado o aumento foi ainda maior, com destaque, mais uma vez, para os mesmos produtos: o óleo (119,04%), o tomate (96,66%) e o arroz (84,11%).
No Brasil
Ainda de acordo com a pesquisa da DIEESE, 16 capitais brasileiras registraram aumento no valor da cesta básica entre os meses de outubro e novembro. As maiores altas foram das cidades de Brasília, com 17,05%, Campo Grande, com 13,26%, e Vitória, 9,72%.
Também analisando o cenário nacional, os dados mostram que no mês de outubro o trabalhador precisou comprometer 55,79%, em média, da remuneração mensal para gastos com alimentação básica de uma pessoa adulta.