O mercado de trabalho do Ceará ganhou 4,28 mil novos empregos formais em maio, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) atualizado nesta quinta-feira (1º). Com o resultado, o Estado alcança o número de 1,19 milhão de pessoas trabalhando com carteira assinada.
O saldo positivo em maio é fruto da diferença entre 31,5 mil admissões e 27,3 mil desligamentos. Esse é o segundo mês seguido que as contratações superam as demissões, retomando a tendência de recuperação que já vinha sendo observada, mas que foi interrompida em março em virtude da segunda onda da pandemia.
Serviços puxa a alta
A geração de vagas foi puxada pelo setor de serviços, que alcançou saldo de 3,3 mil novas oportunidades no mês. Em seguida, aparecem o comércio (1 mil), construção civil (739) e agropecuária (86).
No entanto, a indústria desligou 5,6 mil funcionários e contratou 4,7 mil, gerando uma perda de 862 postos de trabalho formais em maio - único setor produtivo cearense a ficar negativo.
3º melhor resultado do Nordeste
O saldo positivo de 4,28 mil do Ceará foi o terceiro maior do Nordeste no mês, atrás apenas de Pernambuco (7,86 mil) e da Bahia (10,04 mil).
Confira o ranking de geração de vagas no Nordeste:
- Bahia 10.040
- Pernambuco 7.864
- Ceará 4.284
- Maranhão 3.557
- Piauí 3.359
- Paraíba 2.908
- Alagoas 2.725
- Rio Grande do Norte 2.097
- Sergipe 432
No acumulado do ano, o Ceará registrou 182,8 mil contratações contra 158,8 mil demissões, resultando na geração de 23,9 mil novos postos e trabalho formais.
Perfil dos contratados
Entre os cearenses que conseguiram uma recolocação no mercado em maio, 2,5 mil eram homens e 1,7 mil mulheres. Os jovens com idade entre 18 e 24 anos são a preferência dos empregadores, somando 2,65 mil admissões no mês. Em termos de escolaridade, as vagas abertas têm exigido apenas ensino médio completo (2,68 mil).
Brasil
Em maio, foi registrada a abertura de 280.666 vagas de emprego com carteira assinada no Brasil. O saldo foi resultado de 1,548 milhão de contratações e 1,268 milhão de desligamentos no mês.
Em janeiro, foram criados 261,4 mil novos contratos e, em fevereiro, 398 mil. Desde março, com a alta no número de casos e de mortes de Covid-19, o resultado foi menor. Foram 178 mil novos postos de trabalho em março, seguidos de 116,5 mil em abril.
Já em maio, houve um reaquecimento no mercado formal e o número registrado foi o segundo melhor do ano.
No acumulado de janeiro a maio, o saldo no mercado de trabalho formal brasileiro é positivo, com 1,233 milhão de novas vagas num período de crise provocada pela pandemia.
No mesmo período do ano passado, foram fechadas 1,144 milhão de vagas de empregos com carteira assinada, pois, de março a maio de 2020, o impacto da chegada do novo coronavírus resultou no encerramento de mais de 1,2 milhão contratos de trabalho formais.
Para tentar evitar demissões em massa na crise, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou medidas provisórias para que regras trabalhistas sejam flexibilizadas novamente diante do agravamento da pandemia.
Com isso, foi recriado o programa que permite o corte de jornada e salários de trabalhadores da iniciativa privada, além da suspensão temporária de contratos.
O saldo de maio reflete o desempenho positivo em todos os cinco grandes setores da economia brasileira. O resultado foi puxado pelo setor de serviços, que abriu 110,9 mil vagas de emprego no mês.
Em seguida figuram comércio (60,5 mil), indústria (44,1 mil novos postos), agropecuária (42,5 mil vagas abertas) e, por último, construção (22,6 mil).