Brasil fecha 12,3 mil vagas formais no mês de entrada em vigor da reforma

Os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

No mês em que a reforma trabalhista entrou em vigor, o Brasil registrou mais demissões do que contratações. Foram fechadas 12.292 vagas de emprego formal em novembro. O saldo negativo de novembro interrompe a sequência de sete meses seguidos de geração de empregos formais e decorre de 1.111.798 admissões e de 1.124.090 demissões. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.

O dado inclui contratos firmados já sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a jornada parcial. O argumento dos defensores da proposta é que a nova lei facilitaria contratações e poderia aumentar o número de empregos no país. As regras começaram a vigorar em 13 de novembro. Resultados até outubro de 2017 não incluíam essas informações.

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O resultado surpreende todas as estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pela reportagem, que esperavam abertura de 8 mil a 90 mil vagas, com mediana positiva em 23,8 mil postos.

No acumulado de 2017 até novembro, há uma abertura de 299.635 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, há um fechamento de 178.528 vagas.

O resultado mensal foi puxado pela indústria da transformação, que fechou 29.006 postos formais em novembro. Também tiveram desempenhos negativos os setores de construção civil (-22.826), agropecuária (-21.761), serviços (-2.972), administração pública (-2.360), indústria extrativa mineral (-1.155) e os serviços de utilidade pública (-814).

O único setor com geração de vagas foi o comércio, que abriu 68.602 novos postos em novembro.