Acordo para corte no Sistema S não incluiu entidades do comércio, diz diretor do Sesc SP

Segundo ele, não há definição de que a redução na contribuição sobre a folha de pagamento que as empresas devem direcionar às organizações inclui também o Sesc e o Senac

O diretor do Sesc SP, Danilo Santos de Miranda, gravou um vídeo para sua página no Facebook no qual afirma que as entidades vinculadas a CNC (Confederação Nacional do Comércio) não fizeram parte do acordo com o governo no qual foi definido corte de 20% para o Sistema S.

Segundo ele, até o momento, não há definição de que a redução na contribuição sobre a folha de pagamento que as empresas devem direcionar às organizações inclui também o Sesc e o Senac.

Miranda disse também que, para que a mudança proposta pelo governo passe a valer, ainda seriam necessárias discussões nas próprias organizações do Sistema S e também com a sociedade.

"Essa proposta deve ser incluída no âmbito da reforma tributária que está sendo levada pelo governo ao Congresso Nacional, para que a decisão tenha suporte do Parlamento. Tem de se verificar as atividades programáticas das entidades, o que fazem, por que fazem, o que deve trazer uma discussão para o país."

Miranda disse que o momento ainda é de buscar tranquilidade e levar as atividades da organização normalmente, ao mesmo tempo em que se acompanham às decisões tomadas pelo conselho da entidade e da presidência da CNC. No debate, vai se levar em conta o papel do Sesc e seu trabalho sócio-cultural, afirma.

"Isso vai ser colocado. Vai ter muita gente querendo esclarecimento, haverá discussão sobre isso. Terá quem acha que deve cortar e acabou. É uma discussão válida em momento como esse que vivemos e esperamos que o melhor possível seja encontrado."

Em 2018, dias depois de o hoje ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que iria "meter a faca" no Sistema S, Miranda afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que o Sesc não sobreviveria sem a contribuição compulsória de empresas.