1 em cada 4 consumidores tem dívidas em atraso em Fortaleza

Em média, os fortalezenses atrasam os pagamentos em 68 dias

Escrito por Redação ,
dívidas
Legenda: De acordo com a pesquisa, 76,5% dos fortalezenses possuem algum tipo de dívida
Foto: Thiago Gadelha

O percentual de fortalezenses com dívidas em atraso cresceu no segundo bimestre de 2022. De acordo com a Pesquisa do Endividamento do Consumidor de Fortaleza, divulgada nesta quarta-feira (27), 24,6% dos consumidores da capital cearense - 1 em cada 4 pessoas - estavam inadimplentes em março e abril.

O número representa uma alta de 2,3 pontos percentuais (p.p) em relação ao percentual registrado em janeiro e fevereiro. Também houve uma alta de 1 p.p. no número de fortalezenses com algum tipo de dívida, apesar de o índice ser inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.

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No segundo bimestre de 2022, 76,5% dos consumidores tinham algum tipo de dívida. No ano passado, esse índice era de 79,6%.

A pesquisa é realizada pela Fecomércio, por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC)

Dívidas em atraso

De acordo com o levantamento, o tempo médio de atraso é de 68 dias. Os problemas financeiros afetam mais as mulheres (24,8%), os consumidores com idade entre 25 e 34 anos (29,4%) e a classe com renda familiar mensal abaixo de cinco salários-mínimos (25,3%).

A principal justificativa para o não pagamento das dívidas é o adiamento de pagamento para uso dos recursos disponíveis em outras finalidades, citado por 58,1% dos entrevistados.

O segundo motivo mais citado é o desequilíbrio financeiro, com 39,4% das respostas, seguido da contestação das obrigações (4,2%) e da perda de prazo por esquecimento (2,7%).

Também houve uma ligeira alta no período na taxa de inadimplência potencial, ou seja, a proporção de consumidores que não têm condições de honrar com seus compromissos financeiros. No bimestre de março e abril, o índice chegou a 10,5%, 0,2 p.p. acima do primeiro bimestre do ano. 

Comprometimento da renda

O consumidor de Fortaleza está comprometendo, em média, 43,3% da renda familiar com o pagamento das dívidas. Esse resultado é 0,5 ponto percentual inferior ao registrado no bimestre encerrado em fevereiro (43,8%).

Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito (77,5%),  financiamento bancário em geral (18,9%); empréstimos pessoais (10,4%), carnês e crediários (5,4%) e cheque especial (1,5%).

A pesquisa ainda revela que 76,8% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos seus gastos e rendimentos, o que contribui para um melhor controle dos níveis de endividamento.

Dos entrevistados, 13,3% relataram que fazem orçamento dos rendimentos, mas sem controle eficaz dos gastos e 9,9% informaram não possuir orçamento e tampouco controle dos gastos.

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