O sistema VAMO completou nessa sexta-feira (21) dois anos de atividade dos carros elétricos compartilhados. A Prefeitura de Fortaleza e o Hapvida Saúde realizaram uma cerimônia de comemoração na Praça Antônio Prudente. O sistema conta com 20 carros disponíveis e distribuídos em 12 estações (além de seis "vagas VAMO") em diversos pontos da Capital.
Nesses dois anos, o programa realizou 3.823 cadastros, 1.367 test-drives e 3.753 viagens. Os dados mostram ainda que os fortalezenses utilizam os veículos para viagens rápidas - com duração de até 30 minutos (964 utilizações) e de 30 min a 1 hora (907 utilizações).
Entre os maiores usuários do sistema, estão a advogada Priscilla Silveira e o gerente administrativo Luiz Carlos Duarte. Ambos ganharam um prêmio de uma hora gratuita, por dia, durante um mês, para a utilização do VAMO. A advogada revela a praticidade do modal para se deslocar a espaços como farmácias, bancos e até mesmo ir ao dentista. "Eu não tenho um carro (próprio) sempre à disposição. Então, alguns trajetos até são possíveis de serem feitos de táxi ou Uber, mas quando você tem muitas coisas para resolver, a autonomia de ter um carro faz toda a diferença", completa Priscilla, que começou a utilizar o serviço há um ano.
Luiz Carlos, por sua vez, utiliza o VAMO mais para atividades de lazer e entretenimento com a namorada e os amigos de futebol. "Na minha primeira viagem, eu lembro que fui da Igreja de Nazaré até o Shopping Iguatemi, porque levei minha namorada para passear", relembra.
Alvo
Os dois usuários não possuem carro próprio. Por isso, utilizam a diversidade de aparelhos de mobilidade disponibilizados em Fortaleza. E é exatamente esse público que se torna alvo do sistema VAMO, como revela Luiz Alberto Saboia, coordenador do Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito (PAITT), da Prefeitura de Fortaleza.
"Buscamos atingir um público 'multi-modal'. Uma pessoa que use bicicleta hoje, use ônibus amanhã, se eventualmente precisar de um carro, que use o VAMO. Essa primeira fase que está terminando agora foi destinada a testar a tecnologia: se o mecanismo de carga do carro funcionaria; se as pessoas conseguiriam utilizar o carro e o aplicativo; qual o nível de manutenção do carro", explica Luis Alberto Salboia, ao completar que o VAMO "passou na prova".