Embora em queda, o número de mortes no trânsito de Fortaleza continua desafiando autoridades e demandando medidas de prevenção. No ano passado, pessoas entre 30 e 59 anos foram as que mais morreram em decorrência dos sinistros, 92 no total.
Os dados são do Relatório Anual de Segurança Viária, com indicadores de 2020, lançado nesta segunda-feira (17) pelo prefeito Sarto Nogueira. No período, 193 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito na Capital.
O total representa uma redução de 49% no número de mortes em relação a 2014, quando foram registrados 377 óbitos no tráfego. O indicador também resulta na sexta redução consecutiva de mortes.
Estatística recorrente na Capital, no entanto, os motociclistas continuam sendo as maiores vítimas mortas. Os ocupantes deste modal, considerando condutores e passageiros, representam 51,8% do total de óbitos no período, somando 99 vítimas.
Chama atenção o fato do total ser ainda maior que a soma das mortes dos demais públicos pesquisados no relatório, entre pedestres (65), ciclistas (14) e condutores e passageiros de veículos de quatro rodas (15), totalizando 94 óbitos.
Queda no indicador da OMS
O índice de mortos por 100 mil habitantes na Capital, indicador da Organização Municipal da Saúde (OMS), é o menor da série histórica, segundo o relatório. Como a taxa foi de 7,2 em 2020, a queda foi de 51% em relação a 2014, quando o índice era de 14,7.
Para a superintendente da AMC, Juliana Coelho, o resultado é reflexo direto do trabalho focado em desenho seguro das vias, educação para o trânsito, comunicação e fiscalização dos principais fatores de risco.
Central da Mobilidade é lançada
Também na manhã desta segunda-feira (17), a prefeitura lançou a Central da Mobilidade para Preservação de Vidas no Trânsito, na sede da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC).
O equipamento integra órgãos municipais e estaduais, e servirá para otimizar o atendimento a acidentes com vítimas, analisar de forma aprofundada as causas de eventuais ocorrências e agir de forma preventiva, planejando medidas e intervenções que evitem novos sinistros.
Em caso de acidentes, segundo Juliana Coelho, também será possível assegurar atendimento pré-hospitalar mais rápido por meio do controle semafórico e da atuação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).