A cada 10 cearenses, nove se posicionam contra a realização de grandes festas de Réveillon e Carnaval no Estado.
Pesquisa encomendada pelo Sistema Verdes Mares ao Instituto Opnus, realizada entre os dias 4 e 11 de novembro, aponta que 92% dos cearenses consideram que as grandes festas de Réveillon devem ser proibidas, bem como as festas de Carnaval, cuja proibição é defendida por 90% dos entrevistados.
O Instituto Opnus realizou 2.200 entrevistas presenciais domiciliares, com pessoas de 16 anos ou mais, residentes em 101 municípios.
A margem de erro, segundo o Opnus, é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos para os resultados totais da amostra, com um Intervalo de Confiança de 95%.
Perfil dos entrevistados
Dentre aqueles que se posicionaram a favor da proibição das grandes festas de Réveillon, a maioria são pessoas do sexo feminino (94%), com 45 a 59 anos (97%) e Ensino Superior completo, residentes no Interior do Estado.
O perfil é praticamente igual ao daqueles que se declaram a favor da proibição das grandes festas de Carnaval. A maioria também é do sexo feminino (93%), na faixa etária dos 45 aos 59 anos (96%), com Ensino Superior completo (93%) e residência no Interior (92%).
Além de coletar a opinião da população quanto à proibição ou não de grandes festas de Réveillon e de Carnaval em 2022 no Ceará, o Instituto Opnus também questionou aos entrevistados sobre a obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinação. A maioria (87%) se posicionou a favor da exigência.
Governo já proíbe grandes festas
No último dia 26 de novembro, o governador Camilo Santana já havia proibido a realização de grandes festas de Réveillon no Ceará.
Na ocasião, ele explicou que só serão permitidos eventos sociais com capacidade de até 2,5 mil pessoas em locais fechados e 5 mil em ambiente abertos. A medida permanece em vigor.
Sobre o Carnaval, Camilo afirmou que a recomendação deverá "seguir o mesmo rumo", porém a decisão só será tomada posteriormente.
“Minha posição individual é contrária a qualquer tipo de festa que não haja controle absoluto em relação ao acesso. Estamos falando de espaços abertos que vão aglutinar 100 mil, 200 mil, 500 mil pessoas”, declarou Camilo, dias antes à proibição oficial.