Após um período educativo de seis meses, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) passará a multar, a partir do dia 7 de agosto, os motoristas que ultrapassarem a velocidade máxima de 50 km/h na Avenida Presidente Castelo Branco, mais conhecida como Leste-Oeste. O novo limite de velocidade da via foi implementado em fevereiro deste ano, mas, até então, nenhuma penalidade foi aplicada aos condutores, que tiveram um semestre para se adaptarem à nova norma.
A Av. Leste-Oeste é a primeira via de Fortaleza a ter sua velocidade máxima reduzida de 60 km/h para 50 km/h. Segundo o superintendente da AMC, Arcelino Lima, desde a implantação da nova norma foi possível observar uma considerável redução nos acidentes de trânsito ocorridos na avenida. "A chance de um pessoa sobreviver a uma colisão com 50 km/h é, em média, dez vezes maior do que com 60km/h", afirmou nesta quinta-feira (19), durante o Fórum Internacional de Boas Práticas de Fiscalização de Trânsito.
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Além da nova velocidade máxima da Av. Leste-Oeste, foram instalados seis novos semáforos ao longo do trecho entre as avenidas Pasteur e Radialista José Lima Verde. O trânsito em vias perpendiculares também foi reorganizado em sistemas binários que contemplou, ainda, o fechamento de retorno e conversões. A nova sinalização horizontal e vertical, sete faixas de retenção para motocicletas, além de um desenho urbano mais amigável aos pedestres e ciclistas também foram implantados nas esquinas.
Osório de Paiva
Arcelino Lima destacou que a Avenida Osório de Paiva, que também terá sua velocidade reduzida para 50 km/h, passará por seu período educativo de seis meses a partir do fim de agosto. Dessa forma, as multas por exesso de velocidade na via só devem começar a ser aplicadas em 2019. "Estão sendo feitas algumas adequações para que a operação comece ainda em agosto", garantiu o superintendente da AMC.
A Av. Osório de Paiva é considerada a via urbana municipal com maior registro de acidentes fatais da cidade, tendo acumulado 129 mortes em sua extensão, nos últimos dez anos, segundo a AMC. Em proporção, a estatística significa mais de uma morte por mês. O levantamento mostrou ainda que mais de 50% das vítimas eram pedestres e ciclistas, os usuários de maior vulnerabilidade no trânsito.