A média diária de mortes por Covid em Fortaleza vem diminuindo desde a semana epidemiológia 20 - do dia 10 ao dia 16 de maio. No ápice da curva de óbitos, à época, a Capital registrou, em média, 86 mortes por dia. De lá para cá, a média diária de mortes de pessoas infectadas com o vírus, passou para 74 na semana 21; 54 na semana 22; e 34 na semana 23. Em junho, na semana do dia 7 ao dia 13, a redução, também ocorreu, mas foi menor. Naquele momento a média era de 20 mortes a cada 24h. Na semana epidemiológica 25 - do dia 14 ao dia 20 junho, a média chegou a 13 óbitos por dia.
Os dados constam no Boletim Epidemiológico semanal da Covid-19 divulgado, nesta sexta-feira (26), pela Secretaria Municipal de Saúde. No total, em Fortaleza já foram confirmados 3.347 óbitos por Covid-19. As mortes ocorreram em todos os bairros da Capital.
Conforme o boletim, os dados demonstram consolidação da tendência de redução constante e progressiva dos eventos fatais a cada 24 horas. No entanto, o documento registra "uma discreta mudança do padrão de redução da média diária de óbitos também é detectada entre as semanas 24 e 25, “deslocando” sutilmente a curva".
Em relação ao número de casos, a média diária semanal de novas confirmações na Capital também continua em declínio. Mas, diz o boletim "nas três últimas semanas a redução de casos diários perdeu velocidade em relação às imediatamente anteriores", embora a tendência de queda também persista.
Na semana epidemiológica 25 - do dia 14 ao dia 20 de junho - , a média foi de 93 casos a cada 24h. No pico, do dia 26 de abril ao dia 2 de maio, Fortaleza teve média de 786 confirmações de Covid por dia.
Segundo o boletim, a hipótese de que o período correspondente ao platô (pico) de casos tenha ocorrido entre as Semanas Epidemiológicas 17 e 19 (19/04 - 09/05), e de óbitos entre as Semanas Epidemiológicas 19 e 22 (03/05 a 30/05) se confirmou.
A SMS ressalta ainda que esta análise já poderia capturar parcialmente os possívis efeitos da Fase de Transição - dia 1 a 7 de junho - e da Fase 1 - do dia 8 a 21 de junho - do Protocolo de Flexibilização. E "até o momento, não evidenciamos mudanças importantes nas tendências epidemiológicas que pudessem ser associadas às referidas etapas, com exceção da atenuação do ritmo de queda de casos e óbitos nas três últimas semanas, que deve ser rigorosamente monitorado".
A Secretaria alerta que, apesar da queda dos casos e óbitos, essa tendência pode ser revertida por fatores externos como a diminuição das taxas de isolamento social.