Como em outros feriados deste ano, o Dia dos Finados, que será na próxima segunda-feira (2), sofrerá mudanças causadas pela pandemia do novo coronavírus. Para evitar aglomerações nos templos e nos cemitérios, a Igreja Católica permitirá indulgências plenárias destinadas aos falecidos, ou seja, orações que suplicam o perdão de todos os pecados, até o dia 8 de novembro.
O representante da Arquidiocese de Fortaleza, Padre Fernando Antônio, explica que as indulgências plenárias são disponibilizadas pela Igreja em alguns momentos. “No caso dos fiéis falecidos, se pode lucrar essa indulgência plenária e intencioná-la para pessoa que está falecida, para a qual se está rezando. Antes era só dia 2 de novembro. Poderemos visitar os cemitérios e lucrar essas indulgências até o dia 8”, informa.
Ainda segundo o religioso, mais missas também serão ofertadas. “Em horários mais distintos possíveis. Desde as primeiras horas da manhã até o entardecer nós estaremos disponibilizando o máximo de horários possíveis, cada paróquia. Então, nós estamos de fato com a consciência muito tranquila e muito segura de que as pessoas terão missa suficiente e não teremos aglomerações”, explica.
O Padre orienta que haja um planejamento envolvendo as idas à missa e ao cemitério para evitar concentração de pessoas. O ideal é que tenha um revezamento de grupos: uns que vão à missa pela manhã e depois ao cemitério, e outros que vão previamente ao cemitério e à missa em seguida.
Por causa dessas e de outras medidas, que já estão em vigor desde que as igrejas voltaram a funcionar, Fernando Antônio não acredita em novas restrições devido ao crescimento dos índices de pessoas contaminadas por Covid-19. “Nós estamos bem atentos. O que está sendo feito de fato é essa atenção. Alguns fazem agendamento, outros fazem aquela linha limite de fiéis, mas mesmo assim eu tenho percebido que vai bem. Vamos aguardar”, relata.
Sobre a celebração do Dia de Finados neste ano, ele destaca a importância de respeitar esse momento, principalmente para pessoas que perderam entes queridos por conta da pandemia. “A palavra que Deus tem para cada um de nós é sempre vida. Nós cremos na vida eterna e nós estamos vivendo esse tempo especial em um luto coletivo. Nós estamos todos irmanados. Juntos passaremos por tudo isso. Vamos manter a esperança e, unidos no amor, e amando aqueles que padeceram por essa pandemia, os nossos antepassados, os nossos amores, que nunca serão um número”.