Os hospitais particulares de Fortaleza devem adotar providências necessárias para garantir o atendimento de usuários do sistema de saúde suplementar, durante a pandemia do coronavírus, conforme uma recomendação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) expedida nesta sexta-feira (20). As entidades devem explicar o que será feito em até 48 horas.
Os pedidos da 137ª Promotoria de Justiça, de Defesa da Saúde Pública, e do Centro de Apoio Operacional da Cidadania (CAOCidadania), são fundamentadas no decreto do Governo do Estado sobre a situação de emergência em saúde no Ceará. O último boletim da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) contabilizou 68 casos confirmados.
As medidas cobradas incluem a apresentação de planos de contingenciamento e dos protocolos relativos aos pacientes suspeitos e infectados; o informe do estoque de equipamentos de proteção individual (EPI), se foi feito treinamento com todos os profissionais em relação ao uso deles, e do fluxo e tempo de atendimento dos pacientes suspeitos.
Informe epidemiológico
Além disso, as unidades devem informar quantos leitos, incluindo Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) serão destinados a pacientes com a Covid-19 e se há plano para o agravamento da crise; e para que laboratórios serão enviados os exames suspeitos.
Os hospitais também devem adotar providências para ampliar o pessoal administrativo, a fim de fornecer os dados epidemiológicos com agilidade para as autoridades sanitárias; e para garantir a separação dos pacientes da emergência dos casos suspeitos de coronavírus.
Segundo o MPCE, o documento é destinado especialmente aos estabelecimentos: Hospital Antônio Prudente, Hospital Unimed, Hospital OTOclínica, Hospital São Camilo, Hospital São Carlos, Hospital Monte Klinikum, Gastroclínica, Hospital Batista, Hospital Uniclinic, Hospital Genêsis e Hospital São Mateus.