Consumo de água tem redução de 18,55%

A queda se refere à comparação dos resultados de dezembro de 2017 com os de dezembro de 2014

A tarifa de contingência completou, em dezembro passado, dois anos de implantação atingindo o índice de 18,55% de redução no consumo de água por ligação na Capital e na Região Metropolitana de Fortaleza. Conforme dados da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), a queda se refere à comparação dos resultados de dezembro de 2017, divulgados nesta semana pelo órgão, com os de dezembro de 2014, antes de a tarifa entrar em vigência.

Naquela época, conforme a Cagece, o consumo médio registrado por ligação chegou a 13,43 m³ de água. No fim do ano passado, esse número caiu para 10,94 m³, um dos menores volumes observados desde o estabelecimento da taxa. Em relação a dezembro de 2015, primeiro mês de vigência da tarifa, a redução obtida em dezembro de 2017 foi de 14%, aproximadamente.

Segundo a Cagece, ao longo do ano passado, cerca de 243 mil clientes tiveram de pagar a taxa por mês, uma vez que não conseguiram atingir a meta de consumo. O número, conforme o órgão, corresponde a cerca de 30% do total de consumidores.

Alerta

A economia obtida em dezembro fez com que o consumo por ligação voltasse à sequência de reduções apresentadas desde que a tarifa foi implantada. Em setembro desse ano, um aumento inesperado na quantidade de água utilizada nos domicílios, que atingiu 11,8 0m³, após quedas anuais gerou sinal de alerta entre a Cagece e o poder público. Depois do pico registrado, o consumo voltou a diminuir nos meses de outubro, novembro e, agora, dezembro.

A Companhia ressalta, no entanto, que a redução no consumo não significa folga nas ações de conscientização, uma vez que o nível dos reservatórios cearenses continua preocupante. De acordo com dados da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Congerh), os açudes monitorados no Estado encontram-se com apenas 6,6% de sua capacidade. Ao todo, 125 açudes estão com volume inferior a 30% do total. Somente um reservatório apresenta mais de 90% da capacidade.

Aporte

As chuvas registradas neste ano no Estado renderam aporte hídrico de 44,5 milhões de m³ em 97 açudes. Os maiores aportes ocorreram nas bacias Coreaú (16,3 milhões de m³) e Metropolitana (7,3 milhões de m³). O Castanhão, principal reservatório no que se refere ao abastecimento da RMF, não teve aporte e encontra-se com 2,17% de sua capacidade.

A tarifa de contingência é uma das medidas do Governo do Estado para garantir o abastecimento em meio à seca prolongada e à crise hídrica. A implantação da taxa faz parte do Plano de Segurança Hídrica da RMF, que também envolve ações de caça a vazamentos, combate a fraudes, perfuração de poços, implantação de adutoras, redução da oferta de água para as indústrias, reúso das águas de lavagem dos filtros da Estação de Tratamento de Água do Gavião.