Camilo Santana faz apelo à população após novo decreto de lockdown em Fortaleza

Pronunciamento do governador foi divulgado no fim da manhã desta quinta-feira (4)

Após a publicação do decreto que estabelece novo lockdown em Fortaleza, o Governador do Estado do Ceará, Camilo Santana, fez apelo à população em relação ao momento atual da pandemia de Covid-19 em solo cearense. "Essa segunda onda veio com mais força ainda e atinge todo o País e todo o nosso Estado ao mesmo tempo, sufocando a rede de saúde", disse em vídeo publicado na manhã desta quinta-feira (4).

De acordo com o governante, apesar dos esforços para a reabertura de leitos capazes de realizar o tratamento da doença, a velocidade de contaminação não tem deixado espaço suficiente para a realização da tarefa. Camilo também confirmou que a meta é alcançar 3.200 leitos extras, somente na rede pública, em todo o Ceará. 

"Continuamos abrindo leitos, mas tanto no sistema público quanto no privado, o número de pacientes cresce numa velocidade maior que a capacidade de atendimento", explicou. Além disso, ele aponta, o início da vacinação tem ocorrido de forma lenta já que, até o momento, o fornecimento de doses depende unicamente do Governo Federal.

"Sei do drama de quem tem seu negócio afetado pelas medidas de isolamento, mas essa é, neste momento, a única medida apontada pelos especialistas para frear esse avanço. O que queremos é que seja pelo mínimo de dias possível", reforçou o governador. 

Camilo Santana também citou a crise econômica vivenciada por diversos países e disse sofrer pela perspectiva do sofrimento dos que mais necessitam. "Que interesse teria de fechar negócios, se o que mais tenho lutado nos últimos 6 anos tem sido, justamente, fortalecer a nossa economia, para gerar empregos para os cearenses? A crise da economia é no mundo inteiro. E pior ainda no Brasil. Isso dói muito", pontuou. 

Lockdown em Fortaleza

O novo isolamento rígido em Fortaleza foi anunciado por Camilo Santana em transmissão ao vivo na quarta-feira (3), ao lado do prefeito José Sarto (PDT) e do secretário de saúde, Dr. Cabeto. Segundo o governante, a medida visa conter o crescimento de casos da Covid-19 na Capital.

“Sabemos que não é uma decisão fácil. Sei o quanto isso afeta a economia do Estado. Nos últimos seis anos, o que eu mais lutei foi para que a economia do Estado crescesse, gerasse emprego. Mas, neste momento, a única forma que temos até vacinar a população, é fazer o isolamento social rígido”, afirmou Camilo.