Com mais 22.350 resultados de testes acrescentados ao balanço desde esta sexta-feira (29), o Ceará chegou ao registro de 47.822 casos de Covid-19 e 2.956 mortes pela doença neste sábado (30). Os dados são da plataforma IntegraSUS, atualizada no início da noite de hoje. Desta sexta para este sábado, foram mais 9.427 casos acrescentados ao balanço e 97 mortes.
O estado segue em isolamento rígido por decreto que vale este domingo e vai ser renovado, com previsão de retomada gradual das atividades em 8 de junho.
Os números apresentados pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) são atualizados permanentemente e fazem referência à disponibilidade dos resultados dos testes para detectar a presença dos vírus, ou seja, não necessariamente correspondem à data da morte ou do início da apresentação dos sintomas.
> Protocolo da retomada inclui recomendações variadas à indústria têxtil e ao comércio do setor; veja
> Quase 10% dos casos de Covid-19 em indígenas do País estão no CE
Mais cedo, a Sesa já havia sinalizado em nota um forte incremento do número de resultado de exames que detectou mais casos, principalmente, em Sobral, Maracanaú, São Gonçalo do Amarante, Caucaia, Itarema, Quixadá, Itapipoca, Acaraú, Redenção e Morada Nova. Havia casos em investigação acumulados em Fortaleza e nos outros 183 municípios nos últimos 30 dias, além disso, ocorreu a adesão dos municípios à testagem em massa adotada pelo Governo Estadual.
A taxa de letalidade da doença no Ceará é de 6,2%. Ainda são investigados 53.833 possíveis casos.
Fortaleza, que concentra o maior número de ocorrências do estado, aparece com 23.378 pessoas infectadas e 1.939 mortos pela doença.
A quantidade de recuperados é 30.395, segundo a Sesa. A taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) está em 87,03% no Ceará.
Retorno das atividades econômicas
Com o plano de retorno das atividades econômicas no Ceará, apresentado pelo Governador Camilo Santana, a expectativa é de que o estado apresente até 80% da economia ativa a partir do 1° de junho, segundo o secretário executivo de planejamento do governo estadual, Flávio Ataliba. No projeto, foram considerados aspectos de risco sanitário (para controlar a propagação do coronavírus) e indicadores de impactos econômicos.
Confira a lista de atividades e os percentuais de liberação desta fase de transição:
- Indústria química e correlatos (30%)
Indústria de químicos inorgânicos, plástico, borracha, solventes, celulose e papel
- Artigos de couros e calçados (17,9%)
Fabricação de calçados e produtos de couro
- Indústria metamecânica e afins (28,7%)
Fabricação de ferramentas, máquinas, tubos de aço, usinagem, tornearia e solda
- Saneamento e reciclagem (30%)
Recuperação de materiais
- Energia (20%)
Construção para barragens e estações de energia elétrica, geradores
- Cadeia da construção civil (31%)
Construção de edifícios até 100 operários obra, cadeia produtiva com 30%
- Têxteis e roupas (12,4%)
Indústria têxtil, confecções e de redes
- Comunicação, publicidade e editoração (10,2%)
Impressão de livros, material publicitário, e serviços de acabamento gráfico
- Indústria e serviços de apoio (0,8%)
Indústria de artigos de escritório e manutenção industrial. Cabeleireiros, manicures e barbearias
- Artigos do lar (16,9%)
Fabricação de eletrodomésticos e artigos domésticos
- Agropecuária (12,4%)
Obras de irrigação
- Móveis e madeira (7,9%)
Fabricação de móveis e produtos de madeira
- Tecnologia da informação (0,6%)
Fabricação de equipamentos de informática
- Logística e transporte (10,8%)
Metrofor, transporte rodoviário metropolitano na RMF e manutenção de bicicletas
- Automotiva (1,9%)
Indústria de veículos, de transporte e peças
- Cadeia da saúde (100%)
Comércio médico e ortopédico, óticas, podologia e terapia ocupacional
- Esporte, cultura e lazer (8,1%)
Treinos de atletas de esportes individuais, além dos clubes de futebol participantes da final do Campeonato Cearense