Justiça italiana inicia trâmites para extradição de Robinho, condenado por violência sexual

Atacante aguarda decisão da justiça brasileira, de acordo com a Constituição Federal de 1988, brasileiros natos não podem sofrer extradição

A Procuradoria de Milão, na Itália, registrou nesta segunda-feira (31), o pedido de execução de pena contra o jogador de futebol Robinho e seu amigo, Ricardo Falco, condenados em última instância a nove anos de prisão por violência sexual em grupo contra uma mulher albanesa, o crime foi cometido em 2013. 

O pedido é a primeira etapa para dar prosseguimento ao processo de extradição do jogador, que também precisará de uma solicitação de mandado simultâneo de prisão internacional. Os documentos devem apresentados nos próximos dias.

De acordo com a Constituição Federal de 1988, não é permitido que brasileiros natos sejam extraditados, mas com o pedido internacional de prisão, a dupla pode ser detida caso realize uma viagem para fora do país. A Itália também poderá solicitar ao governo brasileiro que os dois cumpram pena uma penitenciária do seu país de origem, mas o código penal limita a homologação de sentença estrangeira.

RELEMBRE O CASO

Segundo o Ministério Público, Robinho e um grupo de amigos teria embriagado a jovem albanesa e a violentado sexualmente diversas vezes, em uma boate em Milão, na Itália, no ano de 2013. A defesa do jogador, na época, afirmou que não existiam provas de que a relação foi sem consentimento.

A acusação foi baseada no depoimento da vítima e em conversas telefônicas interceptadas do grupo de amigos, com comentários pejorativos sobre o ocorrido.