O homem que atacou a atleta olímpica ugandesa Rebecca Cheptegei morreu em consequência das queimaduras que sofreu ao jogar gasolina e atear fogo na maratonista, informou o hospital queniano onde ele estava internado.
Dickson Ndiema Marangach, que foi apresentado pela polícia do Quênia como companheiro da atleta, sofreu ferimentos em 30% do corpo no ataque contra Cheptegei. Segundo um funcionário do departamento de Comunicação do Moi Teaching and Referral Hospital (MTRH), na cidade de Eldoret, ele morreu por volta das 20h no horário local (15h dessa segunda-feira em Brasília).
Cheptegei, corredora de longas distâncias de 33 anos que estreou em Olimpíadas nos Jogos de Paris, foi encharcada com gasolina pelo companheiro, que, em seguida, ateou fogo no próprio corpo. O caso foi no último dia 1º.
A ugandesa, que sofreu queimaduras em 80% do corpo, morreu quatro dias depois. Segundo o jornal The Standards, as filhas da atleta, de 9 e 11 anos, estavam presentes no momento do ataque.
O funeral da maratonista acontecerá no próximo dia 14, em seu país de nascimento, a Uganda.
Reação mundial
O assassinato de Rebecca Cheptegei provocou uma onda de indignação mundial. O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, condenou a morte da atleta e lembrou que "a violência de gênero é uma das violações mais frequentes dos direitos humanos no mundo e deve ser tratada como tal".
Paris anunciou que dará o nome da atleta a uma arena esportiva.